As piores contratações do futebol brasileiro dos últimos anos Quando a dinheirama investida não dá retorno, a expectativa dá lugar à decepção gplus
   

As piores contratações do futebol brasileiro dos últimos anos

Quando a dinheirama investida não dá retorno, a expectativa dá lugar à decepção

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É só verão chegar no hemisfério sul para o milionário mercado da bola esquentar no Brasil. Nessa época, os bastidores dos clubes brasileiros se agitam a procura da melhor contratação para a temporada que se aproxima.

Enquanto os torcedores ficam ansiosos por um upgrade no seu time do coração, os telefones dos cartolas não param de tocar. Em meio a especulações daqui e dali, a qualquer momento uma contratação bombástica pode ser anunciada.
E basta uma negociação polpuda sair nos jornais para que os torcedores fiquem doidos para ver o jogador atuar pelo seu novo clube. Entretanto, não é sempre que a grande expectativa se transforma em alegrias. 

Apesar de contar com os melhores jogadores do mundo, até o Barcelona já comprou gato por lebre. Só no “incrível” trio HDK – Henrique, Douglas e Keirrison - foram investidos mais de 25 milhões de euros. E quem não se lembra das transferências que o Flamengo realizou no inicio dos anos 2000? Nessa época, estrelas como Gamarra, Edílson, Vampeta e Alex passaram pelo clube da Gávea, e apesar de seus currículos respeitáveis, não deixaram saudade. 

Como as cifras do futebol brasileiro aumentam a cada ano, as burradas dos dirigentes vêm se tornando cada vez mais caras. Relembre as piores contratações do futebol brasileiro nos últimos 5 anos.

Damião 
Inesquecíveis para os santistas, os anos em que Neymar usou a camisa do Peixe deram ao clube muitas glórias e títulos. Aí, veio o Barcelona e levou o melhor jogador do time. Para substituir o craque, a diretoria não podia trazer qualquer um. Por isso, com empréstimos do grupo Doyen Sports - com juros de 10% ao ano -, 41,5 milhões de reais foram gastos para comprar Leandro Damião, do Internacional. Depois de uma temporada bem abaixo da média pelo Santos, o atacante foi emprestado para o Cruzeiro. Atualmente Damião enfrenta um embate jurídico com a diretoria do Santos e poderá sair de graça.

Pato 
Depois de conquistar o mundo em cima do Chelsea, a euforia corinthiana aumentou após a chegada de Alexandre Pato no início de 2013. Cerca de 40,5 milhões de reais foram gastos para que o atleta integrasse o elenco do Timão. Sem identificação com a torcida e sem empolgar o técnico Tite, Pato logo se tornou coadjuvante no time do Corinthians. No ano seguinte, o presidente do clube, Mario Gobbi, emprestou o Pato para o São Paulo em troca do pagamento de 50% de seu salário mais o meio campista Jadson. Alexandre Pato ainda é do Corinthians e o clube pretende se desfazer do jogador.

Ronaldinho Gaúcho 
Após ter passado anos como destaque do futebol mundial, seu salário atingiu patamares altíssimos. E como não seria por qualquer merreca (nem pelo “amor ao Grêmio”) que Ronaldinho Gaúcho jogaria futebol, o Flamengo ofereceu cerca de 1,3 milhões de reais por mês para ter o astro. O jogador prontamente aceitou e vestiu a camisa rubro-negra em 2011. De cara, a nova estrela flamenguista até se saiu bem, conquistando o título estadual na onda do “bonde sem freio”. Mas a boa fase não durou muito. Quando chegou o Campeonato Brasileiro, Gaúcho passou por altos e baixos, fez 14 gols em 31 jogos, mas não encantou. Após desentendimento com Luxemburgo, e cobrança de mais de 40 milhões de reais por parte do meio-campista, Ronaldinho rescindiu contrato que iria até 2014.

Em meados de 2015 Ronaldinho Gaúcho resolveu voltar ao Rio de Janeiro e assinou com o Fluminense por 400 mil reais mais participações nos lucros. Entretanto, a passagem pelo clube das Laranjeiras foi rápida como um relâmpago. Após ter feito menos de 10 jogos com a camisa tricolor, Ronaldinho Gaúcho rescindiu por acordo mútuo com o clube. 

Adriano
Longe dos tempos de “imperador”, desde sua passagem pela Roma, Adriano decepcionou por onde passou, e não faltaram chances. Na tentativa de voltar a melhor forma, em menos de 4 anos, o atacante passou pelo Corinthians,Flamengo Atlético Paranaense. Entretanto, em meio às polêmicas, Adriano não conseguiu embalar uma série de jogos e fez menos de 20 aparições entre 2011 e 2014, último ano que jogou futebol profissionalmente.

Wesley
Sem dinheiro sobrando no caixa, o Palmeiras chegou até a realizar uma campanha para que os torcedores doassem dinheiro para contratar o meio campista do Werder Bremen. A ajuda da torcida não rendeu muito e o time teve que se virar para arranjar o orçamento e conseguir concretizar a negociação de 14,5 milhões de reais. O Palmeiras conseguiu a grana e Wesley foi anunciado no final de março de 2012. Ainda no campeonato paulista o atleta fez sua estreia contra o Paulista de Jundiaí. Entretanto, logo em sua 4ª partida pelo Verdão, o jogador se machucou. A partir daí, Wesley só atuaria mais 5 vezes na temporada. Nos dois anos seguintes Wesley tentou, mas suas medíocres  performances não ganharam os corações alviverdes. Em 2015, após término de contrato, ele se transferiu de graça para o São Paulo.

André
Contratação mais cara da história do Atlético Mineiro, André chegou ao Galo em 2011 com a esperança de reencontrar o bom futebol que, após ter sido destaque no Santos de Neymar e Ganso, não conseguiu achar jogando na Europa. Após boas atuações nos primeiros jogos, o clube mineiro, que detinha apenas 20% de seus direitos econômicos, resolveu comprar, em 2012, os 80% que eram do Dinamo de Kiev, totalizando 19,8 milhões de reais pela transferência. Pouco tempo depois, a má fase veio e, com a chegada do Jô, André foi parar no banco de reservas. Ainda no mesmo ano ele foi para o Santos por empréstimo. Sem render no Santos, o atacante passou pelo Vasco e em 2014 retornou ao Galo. Entretanto, no mesmo ano, o atacante foi afastado do time de Cuca por conta de um “ato de indisciplina”.

Paulo Henrique Ganso
Hoje pode parecer absurdo, mas logo quando o Ganso começou a ganhar destaque no cenário nacional pelo Santos, muita gente acreditava que o Brasil tinha encontrado o camisa 10, e mais, que Paulo Henrique seria melhor que Neymar. Poucos anos depois, um é ídolo do Barcelona, e o outro é questionado pela torcida de seu novo clube, o São Paulo. Em mais de 3 anos no tricolor paulista, o meio-campista ainda não rendeu os 23,9 milhões de reais investidos em sua transferência, nem foi mais convocado para a Seleção Brasileira.



Guilherme de Souza Guilherme