Mesmo hoje, anos depois de concluída, a trilogia do Cavaleiro das Trevas dirigida por Christopher Nolan permanece como uma das melhores leituras que o Batman já teve nas telonas. Três anos depois de Batman Begins, que nos apresentou à história de origem até então praticamente desconhecida do herói, chegou aos cinemas O Cavaleiro das Trevas, que trazia o tão esperado combate contra o vilão Coringa, arqui-inimigo histórico do morcego. Mas o desempenho do filme, que possuía uma trama mais séria e adulta, foi até (muito) melhor do que o esperado, sobretudo graças à performance memorável de Heath Ledger como o palhaço do crime. 

Com um universo compartilhado no cinema já bastante firmado ao longo dos anos anteriores e admirado pelo público, fã ou não de quadrinhos, a Marvel decidiu levantar ainda mais o nível de suas produções ao adaptar para as telonas uma de suas mais aclamadas sagas: Guerra Civil. Ao reunir praticamente todos os seus personagens introduzidos até então - sem falar na presença ilustre do Homem-Aranha - para lutar entre si e dividir a equipe dos Vingadores, o terceiro e último filme do Capitão América preparou muito bem o terreno para as produções vindouras da Casa da Ideias, como os ótimos Doutor Estranho e Vingadores: Guerra Infinita. 

Após quatro filmes em equipe, duas participações especiais, um primeiro filme solo execrado por público e crítica e uma sequência acima da média, era chegada a hora de Hugh Jackman, que interpretava o feroz Wolverine, se despedir do personagem que o tornou conhecido. E não havia maneira melhor de fazer isso do que levar para as telas uma de suas melhores histórias: Velho Logan. Com algumas adaptações, damos um salto no tempo para acompanhar a última aventura do personagem, na qual ele precisa voltar à ativa para proteger a pequena Laura, uma mutante com os mesmo poderes que os seus. O resultado foi um final digno e emocionante.

Depois de introduzir os principais integrantes da equipe no Universo Cinematográfico Marvel com seus próprios filmes - Homem de Ferro, Thor, Capitão América, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro -, era chegada a hora de reunir todos para combater um mal em comum em Os Vingadores. Feito até então sem precedentes no cinema, a audaciosa iniciativa se mostrou um grande acerto para o sucesso da Casa das Ideias. Divertido, recheado de ação e com uma ótima química entre todos os atores e personagens, Os Vingadores solidificou o sucesso da Marvel no cinema e ditou novas regras para os filmes que o sucederam.

Com uma primeira trilogia já finalizada no cinema, os X-Men voltaram às telonas com o surpreendente X-Men: Primeira Classe (2011), que explorava as origens da equipe mutante. Seguindo a "regra" de que a sequência é sempre melhor, os fãs foram presenteados com o filmaço X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, que adaptou a saga homônima das HQs. Na aventura, que une as duas gerações da equipe no cinema, Wolverine deve retornar ao passado para impedir que um industrial crie uma arma que será capaz de exterminar quase toda a vida mutante no planeta. Para isso, ele deve buscar a ajuda do jovem Professor X e outros colegas.

Com um universo compartilhado sedimentado e com um sucesso astronômico, a Marvel decidiu se arriscar em uma produção milionária que introduzia ao MCU alguns personagens até então pouco conhecidos pelos fãs de HQs e completamente desconhecidos por leigos: os Guardiões da Galáxia, um grupo de desajustados que se unem para viverem aventuras espaciais divertidíssimas e, por vezes, lucrativas. Nas mãos do diretor James Gunn, a primeira aventura do grupo nas telonas foi um verdadeiro sucesso em todos os sentidos, devido principalmente à ótima química entre os personagens, o tom de comédia e a trilha sonora saudosista. 

Enfim, após 10 anos de construção cuidadosa de um universo compartilhado intricado e conciso, chega aos cinemas o ápice do UCM: Vingadores: Guerra Infinita. O terceiro filme da superequipe da Marvel mostra o confronto dos heróis contra o vilão Thanos, que vinha sendo introduzido aos poucos desde a primeira aventura dos Vingadores, em 2012. Reunindo, pela primeira vez, praticamente todos os personagens principais já apresentados até então em filmes solo durante os anos anteriores, o filme foi aclamado tanto por fãs quanto por críticos e serve para elevar ainda mais o nível de futuras produções baseadas em HQs na sétima arte.

Considerada uma das maiores (senão a maior) obra-primas dos quadrinhos, Watchmen fez história por apresentar uma trama muito mais adulta e inteligente do que geralmente era vista nas HQs, principalmente à época de sua publicação, nos anos 80. Escrita pelo genial Alan Moore e com a arte detalhista de Dave Gibbons, Watchmen chegou aos cinemas pelas mãos de Zack Snyder, que até então era conhecido por ter dirigido a adaptação de 300 e futuramente comandaria os filmes Batman vs Superman e Liga da Justiça. Até hoje, Watchmen - O Filme, é considerado a melhor adaptação de uma HQ justamente por respeitar o espírito da obra original. 

Depois de Mulher-Maravilha (2017), dirigido por Patty Jenkins, representar um marco nas adaptações de HQs por ser protagonizado por uma super-heroína, Pantera Negra também fez história por apresentar nas telonas o primeiro super-herói negros criado nos quadrinhos. O personagem africano interpretado por Chadwick Boseman já havia feito sua exitosa estreia em Capitão América: Guerra Civil, mas ganhou seu aguardado filme solo quase dois anos depois. O filme foi um grande sucesso: campeão de bilheteria, sucesso de público e crítica, Pantera Negra mostrou que não apenas de típicos personagens brancos e americanos vive o UCM. 

Depois de ver o milionário sucesso que o UCM estava trazendo para a Disney, a concorrente FOX, que possui os direitos cinematográficos dos X-Men e do Quarteto Fantástico, decidiu que era hora de surfar nessa onda de super-heróis com um personagem da Marvel até então menos conhecido do grande público: o mercenário Deadpool. O ator Ryan Reynolds, que já havia o interpretado no fracassado X-Men Origens: Wolverine, retorna a uns dos papéis mais execrados de sua carreira com uma promessa de redenção. O resultado? Com uma alta dose de humor negro e referências à cultura pop, Deadpool se tornou um sucesso de público e crítica. 

A trilogia do super-herói aracnídeo mais amado do mundo dirigida por Sam Raimi e com Tobey Maguire no papel de Peter Parker/ Homem-Aranha ainda é uma das mais aclamadas pelos fãs. Depois de fazer sua bem-sucedida estreia nas telonas em 2002, o personagem retorna em Homem-Aranha 2, no qual deve enfrentar o terrível Dr. Octopus enquanto luta com uma crise existencial que o faz reconsiderar a vida de combatente do crime. Com ótimas cenas de ação, doses de humor na medida certa e Tobey Maguire ainda mais confortável e confiante na pele do herói escalador de paredes, o filme foi um dos maiores sucessos de 2004.

Baseada na obra homônina de Mark Millar e John Romita Jr., Kick-Ass: Quebrando Tudo leva para as telas as aventuras do jovem Dave Lizewski, um adolescente fascinado por quadrinhos e super-heróis que decide ele mesmo se tornar um vigilante mascarado e combater o crime. Óbvio que a ideia não poderia acabar bem, certo? O filme, assim como a HQ que o inspirou, foi um sucesso acima do esperado que traz uma boa dose de humor, temas adultos e violência (com direito a sangue voando pela tela, à la Quentin Tarantino) para o cinema de super-heróis. Uma sequência, também baseada na HQ, foi feita em 2013, mas não agradou muito.

Antes de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido mudar praticamente toda a cronologia da equipe mutante no cinema com a viagem no tempo, os fãs dos quadrinhos foram presenteados com o excelente X-Men 2, o melhor da trilogia. No filme, uma pessoa do passado traumático de Wolverine retorna e ameaça todos os integrantes da escola do Professor Xavier. Com uma história bem mais profunda do que seu predecessor, cenas de ação bem coreografas e a introdução de novos personagens adorados pelos fãs, X-Men 2 expandiu ainda mais o universo dos mutantes do cinema sedimentou sua popularidade também entre aqueles que não conheciam as HQs. 

Muito, mas muito antes de X-Men, Homem-Aranha, O Cavaleiro das Trevas, Kick-Ass, Deadpool ou mesmo do Universo Cinematográfico Marvel, um homem pendurado por cordas que davam a impressão de que ele podia voar deu o pontapé inicial para a introdução dos amados super-heróis na sétima arte. O homem era Christopher Reeve, que em 1978 interpretou o homem de aço em Superman: O Filme. Com uma trama pouco elaborada, mas digna das HQs do personagem, e os melhores efeitos especiais que estavam disponíveis na época, a estreia do último filho de Krypton nas telonas foi um sucesso absoluto que até hoje é lembrado pelos fãs mais nostálgicos.

Mais de 10 anos depois da chegada de Superman ao cinema, outro grande personagem da DC fez sua tão aguardada estreia nas telonas: Batman. Dirigido por ninguém menos que Tim Burton - reconhecido por seu estilo gótico característico -, único capaz de levar um personagem tão sombrio para a vida real, Batman trazia ainda Michael Keaton como o cavaleiro das trevas e o sempre excelente Jack Nicholson como o Coringa, além da bela Kim Basinger como a fotógrafa Vicki Vale. Mesmo hoje, esse filme de 1989 continua a surpreender o público por sua qualidade, humor e cenas de ação que fizeram dele um sucesso quase 30 anos atrás.