Arme a barraca com confiança Mais do que amigo da natureza, quem topa partir para um camping precisa cumprir uma lista de exigências de segurança e comodidade gplus
   

Arme a barraca com confiança

Mais do que amigo da natureza, quem topa partir para um camping precisa cumprir uma lista de exigências de segurança e comodidade

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Acampar não é sinônimo de “farofada”. Apesar de a prática ser utilizada para também economizar uma grana, quem acampa tem bons modos, é espiritualizado e segue à risca uma lista de recomendações para evitar problemas, aproveitar o contato com a natureza e toda a liberdade que o camping oferece. Inclusive, alternar a programação natureba e transformar a viagem em um retiro sexual, por que não? Mas preste atenção para não cair numa enrascada. 

Na raça
Existem várias categorias de camping, como de sobrevivência, outras que são campeonatos mundiais, etc., mas vamos falar das mais comuns e populares. A primeira é a selvagem. No meio do mato, sem infraestrutura, bem roots. “Sempre que posso, encaro uma floresta. É muito bom para limpar a mente dos distúrbios da cidade, ficar isolado um pouco, entrar em contato com a natureza”, conta o publicitário Renato Camargo. “Mas também costumo frequentar áreas preparadas para o camping. São duas práticas diferentes e muito relativas. A escolha e preparação dependem de uma série de fatores que, com certeza, darão um resultado único para cada um”, completa. 

A afirmativa é reiterada por Alexandre Silva, proprietário da Casa de Pedra, academia e rede de lojas voltada para esportes outdoors, como escalada e camping, e que há 14 anos pratica a modalidade. “Quem vai para o mato deve levar o essencial e evitar peso nas costas durante as trilhas. Colchões, panelas, fogões caseiros... esqueça isso”, comenta o empresário.  Isso, claro, parecer exigir uma habilidade magayveriana do indivíduo, mas não é para tanto. 

“Quando parto para acampar, levo, barras de cereais e alimentos de fácil preparo. Já para o banheiro, não tem muita escapatória. É moita mesmo, lembrando sempre de cavar um buraco  longe do leito do rio, cobri-lo em seguida e não usar nenhum coelho como papel”, brinca Camargo, que sugere banhos rápidos em rios e cachoeiras com muita atenção a profundidades e animais e, principalmente, aos cosméticos. 

“Use apenas sabonete. Xampu e outros agridem o meio ambiente”. E entre um banho e outro, que tal uma trepada debaixo da árvore? “Sempre rola sexo, principalmente entre os casais. É um momento íntimo de contato com a natureza e com você mesmo. A regra ali é relaxar. E o sexo ajuda”, revela a carioca Natália Ferraz, estudante de turismo. Ah, e não se esqueça de recolher todo o lixo ao redor. 

Rambo Checklist
Procure um local que tenha a superfície plana, regular e elevada, para evitar alagamento em caso de chuva, com terreno permeável, de grama ou areia.
Aposte na barraca canadense, aquela com um formato do tipo iglu ou canadense. Leve e fácil de montar. Se for para uma região quente, prefira as confeccionadas em nylon e deixa as de lona apenas para ocasiões de frio. 
Prefira sacos de dormir pela praticidade. 
Leve uma lona de plástico para forrar o chão e montar a barraca. 
Lampião e lanterna.
Cavadeira, facão, machadinha, machado, faca e canivete.
Sisal, uma corda fina biodegradável para improvisações. 
Cabos de nylon.
Trocas de roupas de acordo com o tempo de acampamento.

Sugestões para camping selvagem
- Chapada dos Veadeiros, Goiás;
- Ilha Grande, Rio de Janeiro;
- Serra do Cipó, Minas Gerais;
- Praia do Sono de Paraty, Rio de Janeiro;
-Praia dos Algodões, Bahia;
- Pico dos Marins, São Paulo

Melzinho na chupeta
Por outro lado, a segunda categoria de camping é famosa por esse mesmo nome. Normalmente, é uma área descampada e sitiada bem perto da praia e de outros lugares de interesse. Tem chuveiro com água quente, em alguns casos, banheiro limpo (ou nem sempre), um espaço para alimentação e staff que cuida da infraestrutura ali oferecida. De acordo com o chefe sênior do 198º grupo de escoteiros de Guarulhos/SP, Douglas Caetano, existe muita interação entre os campistas. “Usamos o acampamento como lazer. Alguns têm jogos. Outros, não, mas mesmo assim existe um sentimento de amizade”, conta o escoteiro. 

Alexandre alerta para o perigo de furtos em campings como esse. “É comum esquecermos a barraca aberta. Tem gente que se aproveita e furta o que vê pela frente. Na floresta, o máximo que pode acontecer é um animal roubar sua comida. Por isso é bom ter atenção”, alerta. E como é possível estacionar o carro bem perto do camping, a restrição é menor quanto aos equipamentos. Barracas maiores, tendas, cozinhas portáteis e colchões infláveis são bem-vindos. Vale evitar as áreas com muitas árvores para não ser atingido por um galho, caso vente forte. De resto, é aproveitar as maravilhas da natureza e colocar o sexo em dia. Afinal, é para isso que estamos lá.