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Em estreia, Reinaldo Azevedo critica ações do STF

29/05/2017 00:00

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Com críticas à falta de debate no jornalismo brasileiro, o jornalista Reinaldo Azevedo estreou nesta segunda-feira na BandNews FM. Na companhia dos também jornalistas Rodrigo Orengo, de Brasília, e André Coutinho, em São Paulo, Reinaldo começou o programa com uma ligação do presidente Michel Temer (PSDB).

“Desejo muito sucesso para você, não digo nessa nova vida, porque você tem já tem muita estrada nessa área, mas nesse novo programa”, disse Temer. Ronaldo garantiu que ainda vai entrevistar o presidente em seu programa.

Para quem achou estranho o nome do programa, O É da Coisa, tem origem de uma expressão do livro Água Viva, da escritora Clarice Lispector, que seria “a essência da coisa, aquilo que o jornalismo tem que buscar”.


Diálogo saudável

O jornalista falou ainda sobre a necessidade de dialogar com opiniões diferentes.

“O que falta no Brasil é debate, temos pouco debate”, afirmou. “Inimigos devem ser eliminados, adversários devem ser enfrentados. Eu não quero eliminar ninguém, eu quero debater.”

Gravação ilegal

Em seguida, Azevedo criticou a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso sobre lealdade do Estado com a sociedade em relação à gravação feita pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS.

"Mesmo que não fosse o presidente Temer, mas outro qualquer, tal gravação não poderia ser usada como forma de juízo. Por quê? Porque gravação de conversa só pode ir ao tribunal como prova de inocência ou evidência de que a pessoa está sendo coagida", afirmou.

“Vazador outorgado”

Azevedo questionou ainda o vazamento de uma conversa entre ele e Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin de “vazador outorgado”.

“Quem vazou, na prática, foi o ministro Fachin, que decidiu não cumprir o artigo 9º da Lei 9.296/96.” De acordo com o jornalista, a lei determinaria a destruição de gravações que não têm relação com os inquéritos julgados, o que seria o caso da conversa entre ele e Andrea.

Armação contra Temer

Segundo Azevedo, a gravação da conversa entre Joesley Batista e Temer, que acirrou a crise política no país, faz parte de uma “armação” para “derrubar o presidente”.

"Eu estou entre aqueles que, evidentemente, exigem que essa delação do Joesley seja revista", declarou, afirmando que o acordo seria uma “soma de ilegalidades”.

Com uma opinião firme e provocadora, marca que ajudou no reconhecimento do jornalista e cativou seu público, Reinaldo falou sobre o cuidado necessário com as delaç&otild