Finasterida broxa? Homens que não querem perder os cabelos vivem um dilema entre ficar careca ou ter filhos gplus
   

Finasterida broxa?

Homens que não querem perder os cabelos vivem um dilema entre ficar careca ou ter filhos

Confira Também

Muitos temores e preocupações atrapalham a vida dos homens nos dias de hoje, porém poucas coisas se comparam com o medo de perder os cabelos. O Finasterida, remédio também usado para o combate do câncer de próstata, é uma alternativa para quem não quer abrir mão das madeixas. Porém, ainda existem algumas dúvidas acerca das garantias de segurança ao tomar este medicamento. Para acalmar os ânimos e atrás de esclarecimentos, o AreaH procurou especialistas no tema. 

Mesmo sendo usado para uma finalidade estética, o Finasterida é um remédio e precisa de receita e acompanhamento de um médico. O cirurgião e secretário da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Marcelo Daher aponta em quais casos deve-se recorrer ao medicamento.

"Ele é indicado para a chamada calvície alopecia androgênica (redução de pelos em uma determinada parte do corpo), que é de origem genética e começa a surgir por volta dos 20 anos. O Finasterida age como um opositor da DHT (Dehidrotestosterona), que causa a calvície," afirma o médico. 

Nos dias de hoje é cada vez maior o número de homens reclamando ou temendo perder o cabelo em comparação com as mulheres. Claro que o sexo feminino também sofre com este problema, porém com uma frequência muito menor.  Roberta Bibas, membra da Sociedade Brasileira de Dermatologia, acredita que os homens não admitem a queda dos cabelos por uma simples questão de vaidade. Ela ainda garante que os medicamentos são eficazes no combate ao problema.

"Sim, os medicamentos funcionam. O Finasterida age bloqueando a formação de uma enzima que transforma testosterona na DHEA (substância que retarda o processo de envelhecimento) e logo, com menos DHEA, menos ação nos cabelos, que voltam a crescer."

Finasterida x Sexualidade

Em uma rápida busca na internet sobre o tema é possível ter a certeza de que ainda existem muitos mitos em torno dos efeitos colaterais que podem ser causados pelo Finasterida. É fato que o remédio reduz sim a quantidade de espermatozoides, porém, de acordo com os especialistas, isso não influi na capacidade de engravidar.

"Estudos recentes comprovam que o Finasterida não é mutagênica (agente físico ou químico que pode causar algum dano na molécula de DNA), logo não traz nenhum problema para a mulher que pretende engravidar, caso o parceiro faça uso da medicação. O que já foi provado é que o Finasterida reduz a mobilidade dos espermatozoides e também diminui a quantidade de esperma ejaculado," é o que garante a dermatologista Roberta Bibas.

No caso das mulheres, que podem sofrer com a calvície, o Finasterida não é recomendado para quem estiver em idade fértil, pois ele pode acarretar complicações em uma possível gravidez. Existem também algumas contraindicações, por exemplo, menores de 18 anos, ou pacientes com níveis baixos de testosterona, ou doenças hepáticas graves que alterem a metabolização da droga, não devem ingerir os comprimidos. 

Superdosagem

Para comprovar se existem ou não efeitos caso haja uma superdosagem do medicamento, foram feitos testes com pessoas que ingeriram doses múltiplas de 80mg/ dia ou até 400mg. De acordo com os resultados, durante os três meses de tratamento, os pacientes não tiveram nenhuma reação adversa. Também não existem recomendações ou terapias específicas para casos relacionados ao de 1mg/ dia.

Em todo o caso, o uso prolongado do medicamento pode causar alguns problemas. A dermatologista Roberta Bibas fala mais sobre o tema. "Devemos monitorar o fígado do paciente, pois em consequência da medicação, ele é metabolizado no fígado," alerta.

Cada comprimido contém 5mg de Finasterida, como composto ativo. Os inativos são lactose, amido, óxido férrico amarelo, docusato sódico, celulose e estearato de magnésio.

O reaparecimento dos primeiros fios

Os filhos de pais carecas não precisam mais literalmente perder os cabelos ao olhar para o seu 'futuro', já que se seguido à risca, o tratamento rende bons frutos ao paciente. Aprovado em 1997 nos Estados Unidos pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão americano responsável pelo controle e regulamentação de alimentos e suplementos, o uso do Finasterida é um dos principais recursos no combate à calvície. 

O tratamento, como todos os outros, exige disciplina e paciência. Os primeiros resultados, geralmente sentidos na chamada coroa capilar, não podem ser constatados antes de pelo menos quatro ou seis meses de tratamento. A partir do primeiro ano é possível notar os efeitos reais da coisa, já que a queda se estabiliza e atinge um nível tido como normal.

Para quem é contrário ao uso do Finasterida, existem alternativas como o Dutasterida, voltado para pacientes que não respondem ou nunca responderam ao Finasterida.

O cirurgião plástico Marcelo Daher afirma que é possível encontrar sim outras saídas. "Uma boa alternativa é fazer o Micro Implante de Cabelo Autógeno, uma técnica que utiliza o cabelo do próprio paciente."

Marcelo ainda explica como funciona o processo. "Durante o procedimento, nós retiramos aproximadamente dois mil folículos pilosos da nuca do paciente, sob anestesia local e sedação e com alta no mesmo dia. Isso é o suficiente para esconder as chamadas entradas na parte frontal ou a coroa na parte posterior", finaliza.

Para quem já está careca e não tem mais como correr atrás do prejuízo, estão disponíveis saídas que vão além da famosa peruca. O mais fácil é assumir a condição e pensar em maneiras de usá-la (a calvície) a seu favor. Algumas celebridades como Bruce Willis, o ex-jogador Ronaldo e o ator Vin Diesel são exemplos disso e reabrem uma velha discussão, é dos carecas que elas gostam mais?