A manutenção da taxa básica de juros em 14,25% ao ano vai possibilitar ao Banco Central observar os efeitos da Selic elevada sobre os indicadores do país. A avaliação é de Alex Agostini, economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating.
A decisão do Comitê de Política Monetária interrompeu uma sequência de sete altas seguidas dos juros, que permanecem no maior nível em nove anos.
Após a decisão unânime, o Copom afirmou que a manutenção é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016. Segundo Alex Agostini, o Banco Central já indicava uma mudança de postura.
A decisão do Copom acorreu em meio à queda da atividade econômica, a alta do desemprego e a disparada do dólar, que fechou ontem cotado em R$ 3,76. Para ele, a manutenção dos juros pode ser um sinal positivo em meio a um complexo processo de ajuste fiscal ao oferecer um sinal de confiança à população.
Os analistas ouvidos pela Rádio Bandeirantes e a BandNews FM avaliam que a taxa de juros vai permanecer no atual patamar por alguns meses.
O especialista em orçamento e finanças públicas Paulo Brasil afirma que, desta forma, a Selic vai encerrar o ano em 14,25%.
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