O Brasil vai sair diferente da crise, com a economia mais aberta e menos dependente de favores do governo. A produtividade e a competência serão fatores fundamentais, observa o economista José Roberto Mendonça de Barros.
Mas antes da nova fase, segundo ele, o país tem um "deserto" para superar, e isso vai demorar pelo menos até o final do ano que vem.
O ajuste fiscal está no manual de sobrevivência da difícil caminhada, mas sem aumento de impostos.
“[O ajuste] tem que existir, não temos como escapar dele, mas o problema é que não adianta cortar só na arrecadação – nossa carga tributária já é grande – é preciso cortar na área de gastos”, pontuou o José Roberto, sugerindo uma mudança estrutural política como opção.
O economista avalia ainda que a intenção do governo de cortar ministérios e cargos de confiança só terá resultados se o tamanho da máquina pública diminuir.
"Do ponto de vista de volume de gasto não resolve nada, porque só coisas leves, gabinetes, serão cortados. A máquina ficará intacta, até porque a lei prevê isso", declarou. "Só seria relevante se, de fato, refletisse o desejo de reduzir os excessos do estado."
José Roberto Mendonça de Barros foi entrevistado por Fernando Mitre, Boris Casoy, Eduardo Oinegue e Luis Artur Nogueira no programa Canal Livre. Clique e veja a entrevista completa.
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