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Carnaval sem sustos

Como beber é inevitável, tome algumas precauções para não fazer feio na folia

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Uma espécie de despedida do período de festas e do verão, o carnaval é conhecido por sua alegria e também excessos. Ano após ano, muitos foliões acabam passando do ponto na hora de festejar, o que causa sérios problemas na volta ao trabalho (a ressaca encabeça a lista) em uma triste quarta-feira de cinzas. Em defesa dos homens e mulheres que vão extravasar, é complicado se hidratar ou tomar cuidado com o sol quando se está correndo atrás de um trio elétrico com mais cinco mil pessoas ao redor. 

Em todo o caso, nem tudo está perdido. Mesmo para os foliões que gostam de um agito, existem saídas práticas para fazer uma boquinha ou hidratar o corpo. "Eu indico o consumo de alimentos não perecíveis e de pequeno volume como biscoitos salgados e integrais, barras de cereais, castanhas com sal e frutas secas. As versões em barra podem ser mais práticas neste momento," aconselha Vanessa Albacete, nutricionista da LC Restaurantes de São Paulo. 

É chover no molhado dizer que as pessoas acabam bebendo mais do que em situações normais e complicado aconselhar qualquer um a não beber no carnaval, já que altas temperaturas e um clima de festa falam mais alto (é evidente que os motoristas de plantão não estão inclusos na lista). Porém, dentre outras coisas, é preciso ficar de olho na desidratação, já que o sol em pleno verão brasileiro costuma ser impiedoso com os mais empolgados e ao contrário do que muitos podem pensar, cerveja não é água e desidrata ainda mais o corpo.

"Com as temperaturas elevadas, aglomeração de pessoas e o excesso de esforço físico, o indivíduo perde muito líquido, o que aumenta as chances de desidratação. A hidratação deve ser feita preferencialmente com água a cada 15 ou 20 minutos. Mas após uma hora de folia é necessário repor eletrólitos, que são os minerais perdidos no suor. A compensação pode ser feita com uma bebida isotônica ou água de coco natural. Na falta destes dois, um picolé de frutas ou até mesmo meio copo de refrigerante devem servir," explica Vanessa. 

A endocrinologista Glaucia Carneiro ressalta a importância de se alimentar continuamente, principalmente de frutas que contenham vitamina C, como laranja, limão e morango. "É fundamental não ficar muito tempo sem comer. A hipoglicemia (queda do açúcar no corpo) pode levar a fraqueza e até fazer com que o indivíduo perca a consciência. Mesmo em ambientes agitados, leve algo para comer a cada três horas," afirma. 

No carnaval é difícil não resistir aos encantos do samba e ficar parado. Com blocos espalhados por todos os cantos, as pessoas passam horas e horas sambando sem parar. Em sua maioria com um copinho de cerveja na mão, os foliões de carteirinha não possuem um perfil de atleta, por isso, dentro do possível, evite passar horas e horas de pé, depois de algum tempo procure algum local para esticar as pernas. Alguns cuidados com a condição física são sempre necessários. 

Depois de quatro dias de farra, é hora de voltar aos afazeres diários. Ao andar pelos corredores das empresas em uma quarta-feira de cinzas, é impossível não encontrar seres aos pedaços, se arrastando, ainda sofrendo com o desgaste da folia e principalmente com a temida ressaca. 

"A ressaca é uma resposta do organismo à intoxicação e a desidratação causada pelo álcool. Há um aumento da diurese e diminuição da percepção de sede. Bebidas contendo cafeína, como os energéticos, que são consumidos com as bebidas alcoólicas, também podem aumentar a diurese em pessoas que não consomem cafeína habitualmente. Para diminuir as chances de ressaca causada pela intoxicação e desidratação recomendo a ingestão de água alternadamente," diz a nutricionista Vanessa Albacete. 

Depois destas dicas é só escolher o abadá e sair por aí curtindo estes quatro dias de folia garantida.