Não há dúvidas que o oceano é o lugar mais romântico do mundo.

Os boomers vão lembrar: aquela cena clássica de “A um Passo da Eternidade” (1951), com Kerr e Lancaster se pegando pra valer em plena arrebentação. “Há uma razão para aquela cena ser icônica, e a razão é que o oceano é paixão, o oceano é poder. Quando estamos perto ou dentro dessa paixão, esse poder flui através de nossos corpos. Não há nada igual no mundo”, garante Capitão David Ryan, marinheiro e produtor da série Real People. Real Life. Real Sex, famosa por sua abordagem pornográfica disruptiva.

“Transar embaixo d’água pode ser arriscado. É possível contrair infecção bacteriana, e o sal pode causar irritação, aumentando as chances de contrair DSTs”, alerta Dra. Jess O’Reilly, PhD em educação sexual e apresentadora do Playboy TV nos Estados Unidos. 

Veja a seguir as cinco dicas que Ryan e Jess deram com exclusividade ao AreaH para o sexo submerso ser um momento sensacional!

 

“O desafio físico associado à penetração sexual no oceano envolve a falta de lubrificação natural, que desaparece na água. Você vai preferir usar um lubrificante à base de silicone para resolver esse problema inevitável”, explica Dra. Jess. De acordo com a especialista, as mulheres tendem a achar o sexo embaixo d’água desconfortável (porque a lubrificação vai embora), mas esclarece que esta experiência não é universal.  O produto ajuda a reduzir o risco de microfissuras causadas pela fricção. Peça pra ela passar um pouco na calcinha do biquíni ou leve uma embalagem pequena no bolso.

Se você achar que está machucado ou se sente desconfortável depois de transar submerso (e você está usando lubrificante de silicone), dê um intervalo ou vá direto para o chuveiro.

“Não precisa ficar na tradicional posição frente a frente. Brinque com novas posições em águas rasas, quando as ondas estiverem tranquilas”, sugere Dra. Jess. “Ela ou você podem sentar na areia enquanto o outro fica por cima, ou ir mais para um estilo de quatro no mar, deixando as ondas quebrarem em vocês”. A apresentadora observa que se for na piscina, aproveite para se apoiar nos cantos, seja sentando na borda, enquanto o outro mostra o seu talento no sexo oral de dentro da piscina, ou apoiando as pernas durante a penetração.

Por outro lado, o arrebatamento do amor não vai te proteger da indiferença do mar. “Se você não sabe nadar, corre o risco de afundar como uma rocha. Seja na arrebentação, flutuando com água até o pescoço em águas calmas, ou à deriva numa prancha de stand-up, fique de olho nas condições do tempo e nas habilidades da parceira de se garantir dentro d’água”, recomenda Ryan.

Comece os trabalhos dentro d’água e finalize em terra firme, orienta Dra. Jess – isso vai manter o sal, cloro, bactérias e areia longe de lugares indesejados. “Qualquer um que já tenha se aventurado numa visita breve à praia sabe que a areia entra em qualquer canto e fenda. Não tenha vergonha de parar o que vocês estão fazendo para lidar com isso”, destaca Ryan.

Dra. Ross recomenda fazer um teste depois para garantir, pois as camisinhas não são testadas levando em conta o sexo embaixo d’água. “O ideal é usar preservativo, mas o preservativo pode se romper mais facilmente pelo atrito com a água salgada; por isso é recomendado ter um cuidado maior ou não fazer sexo no mar”, concorda Dr. Ralcyon Teixeira, infectologista da PUC-Campinas e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.