Canis supermodernos Novo doggy style? Casinha de cachorro vira objeto cult e traz desde ar-condicionado a sistema de iluminação e som gplus
   

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Novo doggy style? Casinha de cachorro vira objeto cult e traz desde ar-condicionado a sistema de iluminação e som

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Foi-se o tempo em que lugar de cachorro era fora de casa. Explorado por centenas de anos desde a sua domesticação, o melhor amigo do homem agora desfruta de regalias que muitas pessoas jamais terão na vida. 

Tudo bem, isso não é exatamente novidade. Afinal de contas, desde que as madames começaram a desfilar com seus lulus vestidos das patas ao focinho, surge a dúvida: será que preferimos nos relacionar com animais menos inteligentes que os humanos, ou eles simplesmente vêm demonstrando ser mais espertos do que imaginávamos?

DESIGN "ANIMAL"
Enquanto a questão permanece no ar, e muitos não têm sequer onde morar, alguns cães desfrutam de espaço e luxo de sobra. Um bom exemplo disso é a minimansão da cadelinha Maggie May, uma whippet, meio borzoi, de 12 kg. Arrematado num leilão beneficente por Glenna e Ed Hall há três anos, o palácio de 60 cm de altura saiu por uma pechincha: 300 dolares. Suas colunas jeffersonianas remontam às encontradas na residência do casal em Roanoke, Virginia. Detalhe curioso: o jardim é território proibido para Maggie.

Se ainda no século XX as crianças conquistaram identidade e voz dentro do lar, neste aqui os pets dominaram. Antigamente as casinhas de cachorro ficavam do lado de fora da casa e ofereciam utilidade óbvia: proteger o animal dos perigos de dormir ao relento. Mas hoje em dia elas viraram o “segundo lar” desses novos membros da família -- e em boa parte dos casos não passam de elementos ornamentais.

“Compramos a casinha porque se parece com a nossa casa”, explica Glenna Hall, 66, designer de interiores aposentada. “A Maggie nunca entrou ali. Ela é uma cadela acostumada a ficar dentro de casa”, garante.

De acordo com Michelle Pollak, designer de interiores responsável pela La Petit Maison -- empresa especializada em casinhas para cães customizadas -- metade dos clientes desejam ter uma réplica de suas residências construídas exclusivamente para seus mascotes. Pollak conta que algumas pessoas chegam a gastar até 25 mil dólares num desses mimos, embora o preço médio gire em torno de US$ 5 mil e US$ 6 mil. 

BRINQUEDINHO CARO
De acordo com Michelle Pollak, designer de interiores responsável pela La Petit Maison -- empresa especializada em casinhas para cães customizadas -- metade dos clientes desejam ter uma réplica de suas residências construídas exclusivamente para seus mascotes. Pollak conta que algumas pessoas chegam a gastar até 25 mil dólares num desses mimos, embora o preço médio gire em torno de US$ 5 mil e US$ 6 mil. 

Mas quem falou que a tendência contempla só os cãezinhos? Guillermo Gonzales, empresário de 43 anos que mora num casarão vitoriano de 465 m² em Austin, no Texas, decidiu presentear seus quatro porquinhos de estimação. Augustus (54kg) e Vito (43kg), “os meninos”, como Gonzales gosta de se referir a eles, são porcos vietnamitas de quatro anos e temperamento dócil. Os suínos vivem num anexo da casa de 28 m², construído e mobiliado especialmente com cobertores e, é claro, bastante feno.

Já as “meninas”, Cherry e Abby, micro-mini porcas de 6 meses de idade e que não passam dos 3kg cada, dormem numa réplica de 0,5 m² da casa de Gonzales. Ela fica no canto da sala que traz o tema “safári”, perto de cabeças taxidermizadas de uma zebra e de um impala. Para o dono satisfeito, que pagou US$ 2,5 mil pela peça, a casinha “lembra a sede de uma fazenda no meio de um safári na África”, comenta.

Se você também não vive plenamente sem animais por perto, porém acha um absurdo torrar tanta grana com tais adornos, vale refletir: “As pessoas podem dizer que isso é um desperdício de dinheiro e se perguntar ‘por que alguém faria uma coisa dessas?’ Só posso dizer que, se você tem dinheiro, qual a diferença entre gastá-lo com uma casa para o seu bichinho ou com uma joia?”, lança Pollak.