Cerveja sem Glúten. Nós provamos Como o glúten virou o vilão alimentar do momento, experimentamos uma opção nacional para servir de alternativa em sua geladeira gplus
   

Cerveja sem Glúten. Nós provamos

Como o glúten virou o vilão alimentar do momento, experimentamos uma opção nacional para servir de alternativa em sua geladeira

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À primeira vista pode parecer mais um caso de “gourmetização” (arrrghhh!). Afinal, se você não é um celíaco (homem com reação à ingestão do glúten), não existe uma real necessidade para se privar desta proteína aparentemente inofensiva – encontrada no trigo, na cevada e no centeio e, portanto, EM NOSSA ADORADA CERVEJA!

No entanto, diversas dietas atuais acabam primando pela restrição do consumo deste elemento (também presente em massas, queijos, produtos industrializados...enfim, em tudo que geralmente consumimos em nosso cotidiano gastronômico masculino), pois creditam a ele um bom número de calorias e também um certo efeito de “inchaço”.

Foi por este exato motivo que passei a procurar uma opção de cerveja sem glúten: como minha nutricionista solicitou, em um período inicial, zerar o consumo da tal proteína, mas, por outro lado, negociei que não abriria mão de uma cervejinha na semana, saí em busca de alguma alternativa.

Em uma primeira “googleada” notei que as opções não são muito numerosas. Nacionais então, encontrei apenas uma, a Lake Side. Produzida na região de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, a marca se posiciona como “a primeira cerveja sem glúten brasileira”. Como é natural para cervejas de caráter mais artesanal, não pode ser encontrada em qualquer esquina, mas no próprio site existe a informação de onde comprar em diversos municípios do território nacional.

A Lake Side tem algumas opções (escuras, claras), mas, para ser honesto na comparação com o que normalmente consumo, fui direto à que mais me agrada: a do tipo lager. Comercializada em garrafa de 600 ml e com preço em torno de R$15,00 confesso que não “doeu tanto no bolso” em comparação à cerveja que normalmente compro (em que pagaria por volta de R$7,00 pela mesma quantidade). Ponto positivo, principalmente para um sujeito pão duro como é o meu caso, mas que vale para boa parte dos consumidores que, ao buscar uma opção mais “saudável”, normalmente se depara como um valor exorbitantemente mais elevado do que sua compra tradicional.

Agora, o mais importante: o gosto. Não sou entendido para discursar sobre textura, carbonatação e aromas de uma cerveja. Mas posso afirmar: para um consumidor médio, como é meu caso, não senti qualquer diferença relevante no gosto da cerveja sem glúten.

O que pode ser digno de nota (e aqui imputo à ausência da proteína em questão), por outro lado, é que me senti menos “estufado” do que em outras ocasiões em que consumo a cerveja tida como “normal”.

Resumo da ópera: se já inventaram até cerveja sem álcool e cerveja para atletas, não custa nada tentar uma versão sem glúten – seja como opção para quem realmente precisa (os celíacos, como comentado) e adora uma cerveja, seja para buscar uma dieta mais balanceada (como foi o meu caso).

Provei. E aprovei!


Rodrigo Moreno