A morte de Cazuza completa 25 anos nesta terça-feira, dia 7. O cantor é lembrado até hoje, dentro e fora do Brasil, pela qualidade da obra que deixou.

Mesmo sendo filho de um nome poderoso da indústria fonográfica - João Araújo - ele se impôs pelo próprio talento. Foi o que disse à Rádio Bandeirantes Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor. "Sempre achei que ele era diferente, mas como ele era filho único meu marido me policiava muito. Ele dizia: 'para com esse negócio, tudo você supervaloriza o nosso filho'. E eu sempre ficava com o pé atrás. Será que só eu acho isso? Mas à proporção que ele foi evoluindo, o público todo aplaudindo, os críticos, eu tive a certeza de que ele era diferente mesmo", afirmou em entrevista aos apresentadores Thays Freitas e Marcelo Duarte [ouça ao lado].

Segundo Lucinha, deve sair ainda em 2015 a reedição de dois livros sobre o artista e também é possível que a exposição que fez sucesso no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, seja levada para o Rio de Janeiro. "Um homem quando faz tudo o que ele fez não morre. A obra dele está aí, até hoje sendo cantada pelas novas gerações", enfatizou. 

Relembre os sucessos do ídolo brasileiro:


A mãe do cantor também falou sobre a Sociedade Viva Cazuza e disse ter criado a ONG não "por ser uma Madre Tereza de Calcutá", mas porque precisava disso para superar a morte do filho.

A fundação completa 25 anos em outubro e, de acordo com Lucinha Araújo, mais do que ajudar quem precisa, o maior desafio é vencer a burocracia. "Vou fazer 80 anos, mas enquanto eu tiver força, saúde e voz vou mostrar para o Brasil e para o mundo [a obra de Cazuza]. Enquanto eu viver vou fazer tudo para que o nome do meu filho não seja esquecido", disse.

Cazuza morreu na manhã de 7 de julho de 1990, vítima de complicações decorrentes da Aids.

Veja mais em: BAND