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Suplicy diz que tentou evitar cena de violência

25/07/2016 00:00

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O ex-senador e ex-secretário de Direitos Humanos Eduardo Suplicy (PT) disse, em entrevista ao apresentador José Luiz Datena no Brasil Urgente, que foi para evitar um conflito entre policiais e moradores que ele tentou impedir a reintegração de posse no bairro Jardim Raposo Tavares, zona oeste de São Paulo.

Suplicy foi detido por policiais e levado ao 75º Distrito Policial. Ele foi liberado ainda nesta segunda-feira.

Segundo o ex-senador, ele foi avisado da reintegração nesta manhã pelos moradores do local. "Quando cheguei no alto do morro ouvi bombas de gás lacrimogênio que haviam estourado. Fiquei muito preocupado e procurei a oficial de justiça e o capitão responsável pela operação para saber se era possível suspender a ordem de reintegração.”


Alto risco


Ao tentar falar com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para saber sobre uma possível suspensão, Suplicy foi informado de que havia uma ordem da Justiça para a ocorrência porque a área é considerada de alto risco. De acordo com Haddad, não organizar a reintegração de posse poderia acarretar em uma ação de improbidade administrativa contra a prefeitura.

Junto com o secretário de coordenação da subprefeitura, Luiz Antônio Medeiros, o ex-senador conversou com moradores e policiais que estavam no bairro. Segundo as autoridades, durante esta madrugada ocorreram movimentos violentos por parte dos manifestantes, que quebraram ônibus e incendiaram objetos. "Uma senhora moradora do bairro afirmou que haviam jogado uma bomba de gás lacrimogênio dentro de sua casa para que ela saísse do local."

Os moradores se colocaram na frente dos policiais, que estavam com uma retroescavadeira, para barrar a ação, quando começou um empurra-empurra de ambos os lados. "Resolvi deitar no chão para prevenir e evitar qualquer cena de violência", afirmou o ex-senador. O político foi então carregado por quatro policiais, pelos braços e pelas pernas, por volta de 11h desta manhã.

"Contra a truculência"


Por meio de sua rede social, a assessoria de Suplicy afirmou que sua posição é “contra a truculência inaceitável da PM, especialmente da Tropa de Choque, na desocupação de área ocupadas. A presença dele foi para inibir a violência contra os moradores, sendo muitas crianças”. 

No começo da noite, Suplicy postou uma foto no Facebook onde aparece rezando na Igreja Nossa Senhora da Consolação. "Hora de agradecer e pedir proteção e iluminação", escreveu. 

Assista à entrevista completa com o ex-senador Suplicy no Brasil Urgente:

A reintegração

 

Moradores de terreno da prefeitura de São Paulo