Na última sexta-feira, o dólar comercial atingiu o maior valor desde 2003. A alta refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial.

Mesmo com uma viagem marcada daqui a quinze dias, Cintia ainda não comprou dólares. “Vou fazer as contas para ver, realmente, se opto por esperar ou se compro uma parte agora”, diz. 

Tem muita gente com a mesma dúvida, até mesmo os especialistas dizem que é difícil prever o vai e vem da moeda americana, mas eles dão algumas dicas: 

- Quem está prestes a embarcar pode levar os dólares em dinheiro

- Quem optar pela segurança dos cartões, deve preferir o pré-pago

- Nas duas situações, o melhor é fechar a cotação no dia da compra

- No cartão de crédito, você pode ficar refém da taxa de câmbio e pode ter uma surpresa desagradável quando receber a fatura

- Se a viagem for daqui a alguns meses, uma alternativa é ir comprando aos pouquinhos, já que deixar para o último minuto é muito arriscado

Outra dica é barganhar na hora da compra. Aqueles centavos a mais, que parecem tão pouco, podem pesar no bolso. “O cliente tem que pesquisar, não tem outra alternativa. O dólar turismo é um produto como outro qualquer, merece pesquisa”, explica Léo Carlos Petry, diretor de câmbio. 

E para quem não abre mão de viajar pra fora, mas ainda não fechou o roteiro, o economista Paulo Silveira tem uma sugestão: “Está mais em conta viajar para a Europa”. 

Não só Europa. Helena fez as contas e, no lugar dos Estados Unidos, vai estudar inglês no Canadá. A decisão foi tomada há algum tempo, quando o dólar começou a subir. “Hoje essa diferença está bem maior”, relatou. 

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