Paixão de laboratório Química do amor: entenda o que acontece com o seu corpo quando o cupido bate na porta gplus
   

Paixão de laboratório

Química do amor: entenda o que acontece com o seu corpo quando o cupido bate na porta

Confira Também

Todo mundo já ouviu dizer por aí que para um relacionamento funcionar é preciso ter uma química, mas que substância mágica é essa que desperta a paixão nas pessoas? Ao se apaixonar, geralmente o indivíduo toma decisões ou apresenta atitudes impensadas, quem nunca sentiu uma tremedeira no corpo, frio na barriga, coração batendo mais forte e mãos suando? Pois bem, estes são sintomas da tal química. 

De acordo com especialistas, estas reações (muitas vezes estranhas) são causadas por um fluxo de substâncias liberadas pelo corpo, dentre elas está a feniletilamina, apelidada de hormônio da paixão. Após mais de 100 anos de estudos, esta molécula, presente no chocolate e parecida com a anfetamina, é apontada como uma das responsáveis diretas pela química do amor. Tudo funciona assim, a partir de um simples aperto de mão ou uma inocente troca de olhares, o cérebro recebe seus impulsos e pronto, é só esperar as famosas tremedeiras. 

A terapeuta sexual Maria Cristina Romualdo Galati afirma que sim, as pessoas apresentam reações fora do normal quando estão apaixonadas. "A atração entre os parceiros pode ser algo forte e incompreensível, sendo comum dar explicação de que existe uma química entre as pessoas." O sexo também tem papel importante neste processo, já que o estrogênio e a testosterona se mostram presentes e aumentam ainda mais a obsessão.  

O amor esfriou

Outro clássico dos relacionamentos é a rotina e a perca da intensidade. Não é difícil encontrar homens e mulheres insatisfeitos com o relacionamento e invariavelmente a culpa cai no colo da paixão (associada à intensidade), porém existe uma explicação técnica para este fenômeno. 

O desgaste e o comodismo são normais e acontecem porque o corpo, já habituado com as sensações, precisa de uma dose maior de substâncias químicas para, digamos, se apaixonar novamente. Os casamentos de 50 ou 60 anos já contam com uma justificativa, aliás, duas, as moléculas, a ocitocina (entre outras coisas, responsável pela sensação boa que se sente ao abraçar um amor de longa data) e a vasopressina. 


Em conversas nas mesas de bar ou mesmo entre amigos, é normal ouvir reclamações do tipo 'meu parceiro não me satisfaz na cama', ou o 'sexo já virou rotina', estas queixas já deixam bem clara a importância do sexo como peça fundamental para manter a estabilidade das relações, entretanto não é possível conseguir sucesso apenas com uma boa transa. Maria Cristina rechaça a ideia de que um romance deve ser baseado na cama. 

"O sexo pode ter um peso maior para alguns casais, mas para a imensa maioria não é o principal meio. A intimidade, cumplicidade, afinidade, projetos em comum e sem dúvida o amor, são esses os elementos fundamentais para a manutenção da relação. Casais que não tem um bom relacionamento, seja na rotina da casa ou com os  amigos de cada um, dificilmente terão um relacionamento satisfatório e duradouro," encerra.  

Depois de entender o que acontece com o corpo durante uma paixão, é só sair por aí em busca da cara metade.