Os desafios do empreendedor Gestão de pessoas, rotina corporativa e surpresas. O que você precisa saber antes de dar o start no seu negócio gplus
   

Os desafios do empreendedor

Gestão de pessoas, rotina corporativa e surpresas. O que você precisa saber antes de dar o start no seu negócio

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Um alerta inicial: não espere aqui um artigo recheado de estatísticas sobre empreendedorismo no Brasil, a respeito de quantas novas empresas são criadas no país anualmente, sobre a “coragem” (chamaria de necessidade, muitas vezes) de nosso povo em abrir seu negócio próprio. Esqueça. Acho esta conversa, em muitas oportunidades, piegas. Me canso só de ouvir aquela “ladainha” de que tal empreendedor é o novo Midas, que conseguiu crescer contra tudo e contra todos – como se fosse uma espécie de super-herói. Não vejo mais ou menos mérito em um empreendedor do que em qualquer outro tipo de trabalhador. Valorizo tanto o cara que passou 30 anos como executivo de uma companhia multinacional quanto aquele que optou por abrir um pet shop na esquina. Isto posto, vamos ao que interessa.

Eu nunca “decidi” ser empreendedor, no sentido estrito da palavra. Meu primeiro negócio próprio, como muitos gostam de chamar, veio através de um convite (ou seja, não tive qualquer lampejo mágico como muitos ficam aguardando acontecer em suas vidas profissionais). E assim, em sociedade, ajudei a construir minha primeira operação digital, um site que ficou bastante conhecido, o Guia da Semana. Depois de vender o empreendimento para um importante grupo de comunicação brasileiro, acabei tentando trabalhar em um segmento bem distinto e, em conjunto com minha esposa, administramos um spa em pleno Uruguai – o Spazio26. Logo após voltar ao Brasil, decidi trabalhar com publicidade digital novamente (confesso: achei um porre esta história toda de cremes, tratamentos estéticos, cortes de cabelo) e, desta forma, surgiu o AreaH que você está lendo agora – e lá se vão 4 intensos anos.

Mesmo tendo resumido de forma quase vulgar meus últimos 11 anos de trabalho, corri com a história porque queria mesmo chegar ao ponto angular que me empurrou a escrever este texto: os maiores desafios que vivi (e vivo) como empreendedor ou, para não parecer soberba, como trabalhador e gestor.

O primeiro dos dois grandes obstáculos, indubitavelmente, se refere às pessoas. Sou da opinião de que há poucas coisas tão desafiadoras como manter o time ao redor motivado, engajado, satisfeito, feliz. Seja aqui ou no Uruguai. Decididamente, se tratando de pessoas (no trabalho), tanto faz se seu negócio está localizado no Japão ou na Bolívia. Pois estamos falando das relações humanas que são construídas dentro de uma empresa, de um empreendimento. E, na maioria esmagadora dos casos, você precisará de pessoas ao seu lado para crescer no mundo dos negócios (seja em uma corporação internacional para a qual trabalha, seja em sua cafeteria recém-lançada no bairro) – a não ser que seja um consultor independente.

Neste ponto aprendi, num processo empírico mesmo, de erros e acertos, 03 lições que se tornaram axiomas atualmente pra mim: 

# Ser sempre muito transparente na relação profissional: é melhor ser duro ou mesmo dar uma notícia ruim, de forma clara e honesta, do que alimentar a sensação de que as pessoas ao seu redor trabalham em um conto de fadas.

# Ouvir, Ouvir muito: as pessoas têm a necessidade de verbalizar seus anseios, dúvidas, preocupações (profissionais e pessoais). Então, aprendi a dedicar parte do meu tempo em deixar estas conversas fluírem – no cafezinho da empresa ou na hora do almoço. Não encare isto como “perda de tempo”; é um investimento necessário para que haja “liga” entre você e aqueles ao seu redor no trabalho. 

# Dar o exemplo, sempre!: aprendi com um antigo chefe a nunca cobrar algo de alguém que você mesmo não esteja preparado para fazer. Desta forma: não exija pontualidade dos seus pares se você mesmo é relapso com isto; não peça uma tarefa “para amanhã no primeiro horário” se você próprio não conseguisse concretizar a atividade neste tempo hábil. Os exemplos são inúmeros.       

O segundo pilar de desafio no mundo profissional é como gerir a rotina do próprio trabalho: as contas a pagar, a receber, as taxas a serem recolhidas, os cadastros dos clientes, o controle das mercadorias. É gestão, na essência da palavra. E, não vou mentir, isto é chato demais. Mas, paradoxalmente, absolutamente necessário.

Neste quesito, não tem jeito: você vai precisar de ferramentas e instrumentos de apoio. Não dá para imaginar “tocar” uma empresa sem o auxílio de uma planilha ou de qualquer outro organizador de suas informações. Eu mesmo, que já fui (modéstia à parte) craque do Excel, que sabia fazer aquele negócio dar cambalhotas e ficar de ponta cabeça, acabei evoluindo para outras soluções.

Atualmente, no AreaH, estamos utilizando o MarketUp De forma sucinta, o MarketUP é o que se convencionou chamar sistema de gestão ou ERP (do inglês Enterprise Resource Planning), uma grande ferramenta que ajuda a por ordem na casa quando os assuntos são emissão de notas fiscais, controle de pedidos, previsão de fluxo de caixa e outras “burocracias” mais. 

Além de ter uma interface bem amigável (o que é muito bem-vindo para não transformar tarefas naturalmente enfadonhas em algo absolutamente insuportável), optamos também por esta solução por ser integralmente gratuita – o que também ajuda, principalmente para quem está em um estágio inicial do negócio.  

Contando com uma plataforma destas consegui, inclusive, dedicar mais tempo ao primeiro desafio – de estar mais junto (e entender melhor) das pessoas para conseguirmos fazer o empreendimento crescer e prosperar. Tem funcionado ;-)

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Rodrigo Moreno