Cinco escritores beberrões que todo homem deve conhecer A bebida é a fiel escudeira de muitos escritores. Conheça os nomes da literatura que pesam tanto quanto suas doses etílicas gplus
   

Cinco escritores beberrões que todo homem deve conhecer

A bebida é a fiel escudeira de muitos escritores. Conheça os nomes da literatura que pesam tanto quanto suas doses etílicas

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A boemia fez parte do estilo de vida de muitos bons autores. E, claro, sejamos justos, que uma lista com cinco nomes não retrata, nem de longe, todos escritores beberrões da literatura. Entretanto, alguns deveriam ser conhecidos (e reconhecidos) por qualquer leitor. 

Confira o talento e o teor alcoólico dessas feras da literatura:

Stephen King
Teor alcoólico: 38% 
Bebida equivalente: vodca
Talvez o álcool tenha servido de inspiração para o Rei do Terror. Donos de clássicos sinistros, o autor chegou a revelar que o personagem de O Iluminado, Jack Torrance, foi inspirado em si próprio. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, Stephen King conta que, quando bêbado, tinha impulsos de bater em seus filhos, entretanto, não fazia isso. Ele acreditava que se escrevesse as ideias macabras que passavam por sua cabeça, isso o impediria de externizá-las. 

Vinicius de Moraes
Teor alcoólico: entre 38 e 40%
Bebidas equivalentes: cachaça e whisky
Era comum Vinicius e seu amigo Tom, o Jobim, saírem para tomar algumas doses de um bom whisky. Mas na verdade quem tomava “alguns drinks” era só o Tom, Vinicius tomava várias. O Poetinha gostava tanto da bebida que chegou a citar: “O whisky é o melhor amigo do homem. É um cachorro engarrafado."

Charles Bukowski
Teor alcoólico: entre 43% e 47%
Bebida equivalente: gim 
Velho safado, bêbado, preguiçoso, mulherengo e imprevisível, como assim se definia, Bukowski foi dos grandes da literatura bons na arte do levantamento de copo. Dono de um estilo agressivo, sem pudor e quase sempre autobiográfico, o escritor cita em seu livro Mulher: “Esse é o problema com a bebida, pensava, enquanto enchia o copo. Se alguma coisa ruim acontece, você bebe para esquecer; se acontece alguma coisa boa, você bebe para comemorar; e se não nada acontece, você bebe para que aconteça”.

Ernest Hemingway
Teor alcoólico: 48%
Bebida equivalente: rum
Durão, combatente de guerra, vencedor dos prêmios Pulitzer e Nobel, escritor de Por Quem os Sinos Dobram, e claro, amante do álcool. Além de beberrão, Hamingway também gostava de preparar drinks, como o Mojito, que aprendeu a apreciar quando viveu em Cuba. Em 1935, ele escreveu uma carta ao critico, poeta e tradutor russo Ivan Kashkin, na qual continha sua explicação por seu gosto pela bebida: 

“Você não bebe? Eu notei você olhando com desprezo para a garrafa. Eu tenho bebido desde meus 15 anos, e poucas coisas têm me dado mais prazer. Quando você trabalha pesado usando a cabeça e sabe que no dia seguinte você terá que trabalhar de novo, o que mais pode mudar seus pensamentos e fazê-los ir a outros lugares como o whisky? Quando você está com frio e molhado, o que mais pode te esquentar? Quem o faz se sentir tão bem quanto o rum antes de um ataque? O único momento que a bebida não fará bem para você, será quando escreve ou luta. A vida moderna é, também, uma maneira mecânica de opressão e o licor, o único alívio.”

Paulo Leminski
Teor alcoólico: 80%
Bebida equivalente: absinto
Boêmio, Leminski foi um grande frequentador dos bares de Curitiba. Moradores da capital paranaense contam que o escritor passava horas e horas sentado numa mesa de bar, acompanhado por uma bebida e fazendo poesias. Só parava de escrever quando chegavam seus amigos. Nove meses antes de morrer de cirrose aos 44 anos, o poeta escreveu:
“Talvez eu repita o destino de Fernando Pessoa,/ aos 44 anos e do mesmo mal./ Nunca estive muito interessando em envelhecer,/ eu que sempre amei a juventude./ Quero repousar em Curitiba, ao som dos Beatles./ Com o meu quimono de faixa preta./ Saio da embriaguez de viver para o sonho/ de outras esferas.


Guilherme de Souza Guilherme