Mulheres são mais propensas a pedirem divórcio. Por quê? Individualidade masculina corrói a relação e implica em términos de casamentos gplus
   

Mulheres são mais propensas a pedirem divórcio. Por quê?

Individualidade masculina corrói a relação e implica em términos de casamentos

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Sempre dizem que o casamento muda completamente a vida do homem. Para alguns é uma forma de oficializar uma parceria benéfica tanto para si como para a parceira. Outros já enxergam o matrimônio como uma chance de se acomodar, ter, todos os dias, comida na mesa, casa arrumada, roupa passada e ai dela se não estiver com apetite sexual à noite. De fato, muitos homens ainda possuem uma visão turva em relação ao casamento.

Por muitos séculos perdurou a submissão das mulheres durante o matrimônio. As rotineiras “obrigações” domésticas e o trato com as crias eram suas principais atividades. Contudo, as coisas mudam e os homens que continuam pensando dessa forma correm sérios riscos de terminarem sozinhos.

Antes do “sim” há muita expectativa em relação à vida a dois. Após o “pode beijar a noiva” são elas as que mais se decepcionam, aponta estudo feito pela Universidade de Stanford. Só nos Estados Unidos, país onde há o maior número de divórcios, foram as mulheres que decidiram romper 69% dos casamentos contra apenas 31% dos homens

Segundo o coordenador do estudo e professor de sociologia da Universidade de Stanford, Michael Rosenfeld, essa diferença ilustra a insatisfação das mulheres com o casamento. “Os homens aproveitam alguns privilégios cruciais com o casamento, que os fazem, em geral, mais satisfeitos com o matrimônio do que suas esposas”, afirma Rosenfeld. Ao Huffington Post, ele disse que as evidências encontradas em seu estudo sustentam a teoria sociológica de que da mesma forma que foi alterado o papel das mulheres perante a sociedade, lentamente também se mudou a forma com que elas se relacionam com a família. 

Em contraste com a maior insatisfação feminina após o casamento, o estudo de Rosenfold mostrou que homens e mulheres têm níveis de satisfação semelhantes em relações não matrimoniais.

Apesar do Brasil não figurar entre os dez países com maior número de divórcios por habitante, o número de casamentos que chegam ao fim também é grande por aqui. De acordo com o último levantamento do IBGE sobre o assunto, em 2014 foram registrados 341,1 mil divórcios. Um crescimento 160% se comparado a 2004, quando 130,1 mil casamentos chegaram ao fim.

Ainda de acordo com os dados do IBGE, os divórcios acontecem quando as mulheres têm, em média, 40 anos e os homens 43. No Brasil, o tempo médio de duração de um casamento é de 15 anos. 


Guilherme de Souza Guilherme