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7 passos para organizar a vida financeira

Especialista dá dicas sobre como organizar a vida financeira de maneira simples

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Recentemente falei aqui no AreaH sobre alguns aplicativos essenciais para ajudar a organizar as finanças pessoais. O motivo? Bem, o brasileiro tem uma péssima educação financeira, e, prova disso é que estamos em 74º no ranking de educação financeira no mundo, de acordo com estudo feito pela Standard & Poor’s, em 2014. 

Ainda falando de dados, segundo uma outra pesquisa, realizada dessa vez pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), também em 2014, a falta de controle e planejamento das finanças é a principal razão apontada pelos inadimplentes para terem ficado com o nome sujo. Atualmente, mais de 59,2 milhões de consumidores brasileiros estão nesta situação. 

Tais dados só mostram a necessidade que temos de aprender a cuidar melhor da saúde financeira. Além de planilha de gastos e aplicativos para ajudar a organizar as finanças pessoais, algumas dicas simples e práticas são mais do que bem-vindas, uma vez que elas ajudam a entender para onde está indo o dinheiro e, consequentemente, tomar melhores decisões financeiras.

“Os brasileiros devem se informar mais, corrigir hábitos e comportamentos errôneos e enraizados em relação ao uso e à administração dos recursos financeiros, que os levam a pagar juros altíssimos e, consequentemente, à inadimplência”, explica o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.

Para te ajudar a sair do vermelho - ou simplesmente passar longe dele-, Domingos listou algumas dicas importantes para considerar na hora de organizar a vida financeira. Confira!

#1 - O primeiro passo, antes de mesmo de estabelecer um planejamento para quitar as dívidas em atraso, é refletir sobre os hábitos e comportamentos que levaram a pessoa a chegar nessa situação. Para isso, é importante fazer um diagnóstico financeiro e conhecer, definitivamente, de que forma gasta seu dinheiro;

#2 - "O inadimplente deve anotar durante 30 dias todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Isso inclui gastos “pequenos”, que podem ser considerado menos importantes, como gorjetas e guloseimas, pois no final do período será possível compreender de que forma, efetivamente, seu dinheiro está sendo gasto", diz o especialista;

#3 - Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possui, separando as que correspondem a serviços e produtos de necessidade básica, que não podem ser cortados (como água, energia elétrica, gás e aluguel) e as que sofrem juros mais altos (como cartão de crédito e cheque especial), considerando essas como prioridade para pagamento;

#4 - Ter em mente que só se deve pagar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar;

#5 - Relacionar, no mínimo, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo (acima de dez anos) prazo, sendo um deles o de sair das dívidas;

#6 - Com os números do diagnóstico financeiro em mãos, saber quais gastos poderá diminuir ou até mesmo eliminar para poupar, mensalmente, para realizar seus sonhos no prazo estimado sem que tenha que fazer outra dívida;

#7 - Aplicar esse dinheiro em um investimento que seja compatível ao prazo do objetivo e ao perfil do investidor, como bancos e o Tesouro Direto, por exemplo. Aqui, é válido consultar um especialista.


Nathalia Marques