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Os grãos de café mais caros do mundo

Cafés mais valiosos são marcados pela raridade e pelo exotismo

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Tomar café é uma das maiores tradições enraizadas em solo brasileiro. Há quem prefira os mais fortes, outros os mais fracos. Doce ou amargo, não importa. Essa bebida é, para muitos, mais do que uma paixão, é um impulso matinal. Em retribuição, nós, brasileiros, emprestamos seu nome a uma de nossas refeições: o “café da manhã”, que para os portugueses não passa de um “desjejum”.

Moído ou em grão, o preço varia. No supermercado, a forma mais comum de comprá-lo é em pó, no entanto, vender alguns tipos de café dessa forma seria quase que um crime para alguns amantes da bebida. Para quem entende de café, não há dúvida: o grão moído na hora deixa a bebida bem mais saborosa. E é por isso que os cafés mais caros do mundo só são vendidos em grãos.

Algumas espécies de café atingem preços absurdos. Dependendo do lugar, uma única xícara de Kopi Luwak pode chegar a custar mais de 100 reais! Nunca vi, nem bebi, só ouço falar. Mas quem bebeu, comprova: o aroma e o sabor são maravilhosos. Pois é, você nem pode imaginar de onde vem tanta gostosura... 

Confira os cafés mais caros do mundo.

5. La Hacienda Esmeralda Special Coffee
Origem: Panamá
Preço médio do quilo: 260 dólares

O Café Esmeralda Special é feito a partir de uma espécie exótica do Panamá, o Geisha, que é bem diferente daquele que estamos acostumados.  Em La Hacienda os grãos do café são colhidos à mão e selecionados a dedo. Suave, delicado e muito aromatizado, esse café figura entre os melhores do mundo.

4. El Injerto 
Origem: Guatemala
Preço médio do quilo: 464 dólares

Acostumado a ser internacionalmente premiado, o café El Injerto é cultivado a temperaturas de 18ºC a 22ºC. Depois de colhido manualmente, e separado um a um, os grãos do El Injerto passa por uma máquina que o aquece até 45ºC e, posteriormente, é deixado 45 dias “descansando” em uma espécie de adega. Levemente cremoso, esse café já recebeu sete vezes o prêmio Cup of Excellence, dado aos melhores cafés do mundo.

3. Café do Jacu
Origem: Brasil
Preço médio do quilo: 552 dólares

Você já deve estar pensando “mas jacu não planta pé de café”. Pois é, a ave come o café, seu organismo aproveita a polpa e o mel e descarta o grão em forma de fezes. Depois, esses dejetos, que parecem pés de moleque (cheio de grãos grudadinhos uns no outros),são levados para secar no terreiro. Nunca ouviu falar? Deve ser porque, mesmo produzido no Brasil, ele é mais vendido em restaurantes das grandes cidades internacionais, como Londres e Tóquio. 

2. Kopi Luwak
Origem: Indonésia
Preço médio do quilo: 659 dólares

Esse café é o precursor da arte de “refinamento gastrointestinal”. Tudo começou há cerca de 200 anos, quando colonizadores holandeses plantaram pés de café na Indonésia, onde havia muitas civetas, mamíferos de porte médio. Como esses animais se aproveitam da polpa da fruta e defecam os grãos, o café ganha um paladar único, de chocolate com suco de uva, dizem os experts, sem deixar aquele amargor. Esse café se popularizou em 2007, quando o foi lançado o filme Antes de Partir, em que o personagem de Jack Nicholson é um grande amante dos grãos. Por conta da sua raridade, exotismo e sabor, por muito tempo o Kopi Luwak esteve no topo da lista dos cafés mais caros do mundo, até que...

1. Black Ivory Coffee
Origem: Tailândia
Preço médio do quilo: 1.100 dólares

Sim, inventaram algo mais bizarro que o Kopi Luwak. De quebra, o preço ficou ainda mais caro. Dessa vez, quem come café para depois defecar são os elefantes asiáticos (isso mesmo que você leu). A produção desta iguaria é complicada. Os elefantes se alimentam dos melhores grãos do café arábico tailandês, entretanto, como nem tudo que entra também sai, para cada quilo de café excretado, o animal tem que comer 33 quilos. Por isso, “só” são produzidos 150 quilos desse café ao ano. 

Um dos motivos que fizeram o Black Ivory Coffee cair no gosto dos mais abonados é a ausência de amargor, já que enzimas dos elefantes quebram as proteínas do café, responsáveis por essa característica. Segundo os fabricantes, tomar essa bebida é sinônimo de ter a “experiência de beber café mais memorável do mundo”. 

 


Guilherme de Souza Guilherme