A taça certa para cada tipo de vinho Vai abrir um vinho? Então, não erre na taça! Veja aqui como escolher corretamente e saborear sua bebida ao máximo gplus
   

A taça certa para cada tipo de vinho

Vai abrir um vinho? Então, não erre na taça! Veja aqui como escolher corretamente e saborear sua bebida ao máximo

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Um inexperiente apreciador de vinhos pode até não saber, mas existe muito mais por trás da forma correta de degustar um vinho do que segurar a taça da forma correta, pela haste. Talvez ainda mais difícil do que escolher o vinho ideal para cada ocasião seja escolher a taça no qual ele deverá ser servido, fator essencial para que a experiência seja a melhor possível.

É claro que não ter a taça “ideal” à mão não é nenhum impedimento para que você deixe de aproveitar seu vinho, mas começar a entender as diferenças entre elas pode ser um ótimo primeiro passo para quem deseja entrar de cabeça nesse universo. Mas é claro que ninguém precisa sair daqui um expert de taças de vinhos se achando para os amigos durante a confraternização. 

Muito mais do que apenas uma convenção de etiqueta, as taças de vinho possuem a capacidade de ampliar os sentidos proporcionados pelo vinho – cor, aroma, sabor – de acordo com seu formato. Tente imaginar quantos séculos foram necessários desde a criação da bebida para que se chegasse ao formato ideal de taças e realçasse experiência de degustação até seus limites. 

Com tanta história assim, não é de se surpreender que alguns episódios sejam até mesmo estranhos: por anos, durante o século 18, dizia-se que a taça ideal para beber champanhe era aquela que tinha sido moldada no seio da famosa rainha francesa Maria Antonieta. Cada um com sua loucuras. Hoje, sabe-se que a taça está longe de ser ideal e deve ser evitada por todos os apreciadores de vinhos, mas a história não deixa de ser curiosa e instigar a imaginação dos enófilos.

Taça ISO, para todos os vinhos

Criada em 1970, para a alegria dos enófilos, a taça ISO (International Standards Organization) possui como características um bojo (corpo) maior na parte inferior e uma borda mais fechada. Praticamente uma taça “coringa”, seu objetivo é ser ideal para acompanhar absolutamente qualquer tipo de vinho, por isso mesmo é a taça mais utilizada para degustações nas quais o aroma do vinho deve ser acentuado para dar mais sabor e, assim, melhorar a experiência.  

Taça para vinhos tintos

De sabores e aromas intensos, os vinhos tintos precisam ser servidos em taças de corpo grande, o que dá a eles mais espaço para respirar. As taças mais comuns são a Bordeaux e a Borgonha. A primeira é feita para servir principalmente bebidas feitas a partir das uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, mais encorpados, e conta com uma borda mais fina para não deixar que os aromas se dispersem, enquanto direciona a bebida para a ponta da língua e permite degustar melhor os sabores. Já a segunda, para vinhos mais concentrados tais como Pinot Noir, possui um bojo mais largo do que a primeira, justamente para permitir que o aroma chegue mais facilmente ao nariz. 

Taça para vinhos brancos

Vinhos tipicamente consumidos a temperaturas mais baixas, sua taça possui um corpo acentuadamente menor do que as outras, o que permite menos trocas de calor com o ambiente e impede que a bebida esquente rápido demais quando servida. Outro motivo para seu tamanho é acentuar os sabores equilibrados entre doce e ácido, essencial para a experiência de degustar um bom vinho branco.

Taça para vinhos rosados

Também conhecidos como vinhos rosés, é uma bebida que consegue misturar um aroma forte característico dos vinhos tintos com o aroma mais suave dos vinhos brancos, o que lhe confere uma condição muito especial e que, por isso, também requer uma taça que possa realçar suas características. A taça, por sua vez, é menor, porém com o bojo grande para acentuar a acidez do vinho e o equilíbrio da mistura de sabores contrastantes. Dificilmente encontradas para serem comercializadas por serem pouco produzidas, uma alternativa viável para essas taças é utilizar as destinadas ao vinho branco. 

Taça para espumantes

Um vinho saboreado durante ocasiões especiais e festivos merece uma taça igualmente única, porém, ao contrário do que pensava Maria Antonieta, o recipiente ideal para espumantes é a taça flûte (flauta), encontrada com mais frequência e que permite que sejam apreciadas as borbulhas do vinho. Quanto mais bojo a taça possuir, melhor fica o sabor, pois os aromas ficam mais direcionados ao nariz e, portanto, mais realçados do que seria possível em uma taça reta. 

 


Luis Carvalho