Estudo confirma benefícios de trabalhar em casa Segundo resultados, trabalhar no ambiente doméstico pode ser mais relaxante e contribuir para o desempenho profissional gplus
   

Estudo confirma benefícios de trabalhar em casa

Segundo resultados, trabalhar no ambiente doméstico pode ser mais relaxante e contribuir para o desempenho profissional

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Se você vive no século XXI, muito provavelmente já teve o desprazer de ouvir de alguém a resposta “eu trabalho em casa!” quando questionado sobre o local de trabalho. Ou então, se a sorte te favoreceu, você mesmo já teve a alegria (ou a tristeza, dependendo da situação) da experiência do trabalho em ambiente doméstico. 

Expressões como trabalho flexível e home office se tornaram muito populares nos anos mais recentes e são utilizados por um número cada vez maior de profissionais atuantes no mercado de trabalho. Em tempos em que dificilmente esquecemos o trabalho, estando conectados o tempo todo através de aparelhos eletrônicos, existe realmente uma separação entre “trabalho” e “casa”?

Mas o que realmente significa trabalhar em casa em tempos modernos? Para muitas pessoas que já tiveram, têm ou desejam ter essa praticidade em suas vidas, trabalhar em casa pode ser comparado ao paraíso, sem a necessidade de aturar chefes chatos, ter que socializar com pessoas desagradáveis ou enfrentar a cansativa rotina diária, faça sol ou chuva.

Outros que já passaram pela vivência tem opinião contraria e alegam que o ambiente doméstico pode atrapalhar na produtividade, já que muitas coisas podem servir de distração (a exemplo da TV e da cama) e resultarem em procrastinação.

Um estudo conduzido pela Universidade de Roterdã, na Holand (divulgado em maio de 2016), chegou  à conclusão que a integração entre ambiente doméstico e o ambiente de trabalho pode se mostrar benéfico. Segundo os pesquisadores, “as descobertas sugerem que integração, em vez da segmentação, pode ser uma estratégia de longo prazo para minimizar o esgotamento e manter níveis maiores de performance no trabalho durante transições inevitáveis entre trabalho-família”. 

Ainda de acordo com os pesquisadores, o maior problema que poderia haver nessa forma de trabalho seria a transição entre “modo de trabalho” e “modo doméstico” dos trabalhadores. Ou seja, haveria uma dificuldade em separar os momentos de trabalhos dos momentos de descanso. Essa dificuldade já existe na sociedade, já que um grande número de pessoas se manteria com a cabeça no trabalho mesmo fora os horários de expediente. O trabalho em casa dificultaria ainda mais essa separação, o que inevitavelmente poderia criar problemas tanto no ambiente doméstico quanto no profissional.

Para evitar esses possíveis problemas e na tentativa de trazer essa ideia ainda mais próxima da realidade, os cientistas sugerem uma abordagem de bom senso entre empregadores e empregados. Para melhorar o ambiente de trabalho, deveriam ser feitas com mais frequência as famosas “pausas para o café” e as teleconferências. Eles argumentam que é melhor ser flexível e ceder a essas pesquisas com medidas que beneficiariam tanto os trabalhadores quanto a empresa do que ir contra eles e desencorajar o trabalho, além de evitar soluções que beneficiariam a todos. 

Mesmo com esses resultados, é possível que ainda haja muita gente descrente desses benefícios e que acredite que a melhor maneira de trabalhar ainda seja dentro de um escritório fechado e com restrições, o modelo tradicional. Essa posição pode ser tanto de empregados quanto de patrões. Ainda é cedo para falar para tirar conclusões, já que ainda não houve nenhuma empresa que adotasse essa medida por completo, apesar de já ter se tornado comum menos severidade em ambientes de trabalho.

Acordar a hora que quiser, poder fazer as refeições em casa, evitar congestionamentos diários e ter liberdade para trabalhar de pijamas ainda parecem ser uma exclusividade de algumas pessoas mais afortunadas. Mas que a ideia é atraente para muitos profissionais, com certeza. 


Luis Carvalho