Psicologia da paquera: o que a ciência diz sobre o flerte - e que você precisa saber Pesquisas científicas revelam que conquistar uma garota pode ser muito mais complexo do que pensava Don Juan gplus
   

Psicologia da paquera: o que a ciência diz sobre o flerte - e que você precisa saber

Pesquisas científicas revelam que conquistar uma garota pode ser muito mais complexo do que pensava Don Juan

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Batimentos cardíacos acelerados, mãos molhadas e pupilas dilatadas: esses são alguns dos sintomas que sentimos quando conversamos com uma garota que estamos interessados. As culpadas de todas essas reações? A adrenalina, dopamina, serotonina e outras substâncias liberadas durante o flerte. 

A arte da paquera é mesmo muito mais complexa do pensavam os galanteadores do século passado. No entanto, a psicologia está buscando respostas para os mistérios que envolvem a sedução. Uma teoria para conquistar todas as mulheres do mundo continua bem distante de nossa realidade. Mas, a ciência já descobriu fatos relevantes sobre o assunto. Confira:

Você perde muitas oportunidades
Imagine quantas noites você poderia deixar de dormir sozinho se soubesse que a outra pessoa estava a fim de você. Estudo feito por cientistas da Universidade do Kansas mostra que em apenas 36% dos casos o homem consegue detectar que está sendo paquerado durante uma conversa. Entre as mulheres, esse número é ainda menor. Há apenas 18% de chance de elas perceberem corretamente que estão sendo flertadas. Nesse estudo, feito com 104 pessoas heterossexuais, foi observado que, enquanto davam risadas, os homens interessados tomavam mais atitudes dominantes (como se aproximar da garota) e as mulheres atraídas tendiam a fazer gestos que acentuavam seus atributos físicos.

Na dúvida, seja direto
Se elas são péssimas em identificar os sinais da paquera, o jeito é ir direto ao ponto. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade Bucknell, da Pensilvânia, demonstrar claramente suas intenções é a forma mais eficaz e direta de ambos os sexos terem um caso. Afinal, pode ser ruim levar um fora, mas é melhor do que enrolar demais e deixar escapar aquela gata que estava na sua.

Elas são seduzidas de outra forma
Homens e mulheres procuram por coisas distintas nos primeiros momentos de uma paquera, de acordo com o professor de Bucknell e estudioso da paquera, Joe Wade. Ao site da universidade para qual trabalha, Wade afirma que enquanto os homens são seduzidos por ações que sugerem maior possibilidade do sexo rolar, as mulheres são mais atraídas quando sentem-se únicas. “Sabendo disso, cada sexo pode se adaptar para aumentar suas chances de ter mais sucesso na paquera”, recomenda o professor.

Valorize o contato visual 
Aquela velha história de olhar no olho da garota pode mesmo aumentar suas chances de conseguir um resultado positivo, sugerem pesquisadores da Universidade Clark, de Massachusetts. Em uma experiência, os estudiosos formaram 48 casais aleatoriamente e os submeteram a testes em que cada um dos participantes, durante dois minutos, deveria olhar para a outra pessoa nos olhos ou mãos ou contar quantas vezes o outro havia piscado. Depois de os participantes responderem a um questionário pós-teste, os cientistas concluíram que os casais que haviam trocado olhares afloraram maior sentimento de afeição.

Para que tanto “doce”?
Cientistas descobriram o motivo de elas se fazerem de difíceis mesmo quando já estão derretidinhas. Conduzido por pesquisadores da Universidade de Gestão de Singapura, um estudo concluiu que tanto os homens quanto as mulheres usam essa tática para serem mais desejados e testar o nível de interesse do outro. Os pesquisadores também identificaram que se fazer de difícil é mais comum entre pessoas narcisistas, manipuladoras ou que se acham parceiros de alto valor.

Dificuldade moderada
Para sexo sem compromisso, tanto os homens quanto as mulheres preferem os que topam ir para cama com mais facilidade, segundo essa mesma pesquisa da universidade de Singapura. Contudo, quando procuram por um relacionamento sério, os preferidos de ambos os sexos são os que ficam entre o “muito difícil de pegar” e os “muito fáceis”.

Flertar pode não ter nada a ver com sexo

De uma maneira ou outra, todo mundo flerta. Porém, nem sempre todos têm as mesmas intenções. Professor de Psicologia da Universidade do Norte de Illionois, David Henningsen, estudou o assunto e classificou em seis categorias as diferentes razões de um flete:

Ego: para aumentar a autoestima
Diversão: como se fosse um jogo
Relacional: para aumentar a intimidade
Exploração: descobrir as reações da outra pessoa
Instrumental: tentar conseguir algo de outra pessoa, manipular (fazer com que alguém pague a bebida, por exemplo)
Sexo: bem, esse motivo você já sabe

Nem sempre agimos racionalmente
Você avista a menina mais linda da festa. Na sua cabeça passa aquela cantada utilizada há cinco anos para conquistar sua ex-namorada. Você toma coragem, chega junto e resolve aplicá-la. Ela o dispensa categoricamente. Depois de tomar toco, até passa pela sua cabeça que foi uma burrice cantar a garota daquela forma, mas para a ciência isso tem sentido.

Segundo estudos científicos, inclusive alguns dos que deram origem ao livro Think Twice, de Michael J. Mauboussin (Pense Duas Vezes: Como Evitar as Armadilhas da Intuição, título português), nós tomamos muitas atitudes irracionais e tendemos a tomar mais decisões baseadas na experiência e intuição, e menos na análise. Claro que em uma paquera não devemos ficar teorizando, mas é preciso escolher as melhores palavras. Na duvida, think twice.


Guilherme de Souza Guilherme