Tony Toutouni, conhecido pela a alcunha de “The Candyman” é um empresário americano que tem dado o que falar nas redes sociais. Sua “fama” repentina não é por acaso, Ganhou os holofotes da mídia ao ostentar - no sentido mais graúdo da palavra - muito no Instagram. Mulheres, fotos com alguns milhares de dólares, jatinhos de luxo e carrões são algumas das banalidades expostas na conta da rede social do cara.

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Mas, sem sombra de dúvidas, o grande divisor de águas na “carreira” de Tony veio esta semana, ao postar uma foto onde ele segura três mulheres por coleiras, e as mesmas estão engatinhando em direção ao seu jatinho. O que nos faz levantar uma série de questões no mínimo curiosas. 

Que o dinheiro é um facilitador, todos nós sabemos, e que ele é um potencializador do egocentrismo não é novidade também. E se mesmo aqueles que não possuem tanto dinheiro quanto Tony se divertem ao ostentar uma “vida perfeita”, imaginem o que um cara como ele pode fazer. Mas que graça tem estar rodeado de mulheres o tempo inteiro se você é incapaz de desfrutar o que de melhor uma mulher pode dar a um homem (engana-se quem pensou boquete, apesar de divino): sua companhia, sua parceria. Relações providas de transações financeiras ou que constituem interesses materiais merecem ficar só no âmbito sexual, o que convenhamos, é só uma parcela da equação. Se é que ele se deita com todas, às vezes as contrata apenas para tirar fotos mesmo. 

Duvido muito que alguma pessoa seja exatamente o que ela aparenta ser. Há quem diga que eu estou sempre com cara de mal nas fotos, quando na verdade eu sou um poço de fofura, discordo, mas é o que dizem por aí. Aposto que com “The Candyman” não seja diferente, como já dizia Isaac Newton, toda ação gera uma reação de igual ou maior intensidade, e mesmo não sendo psicólogo, não há dúvidas que seu comportamento é uma reação a algo. Caras como Berlusconi ou Charlie Sheen são o que são com naturalidade, e de certa forma buscam fazer suas travessuras por baixo dos holofotes sempre que possível, porque é um traço inerente à personalidade deles. Tony soa mais como uma criança mimada querendo chamar a atenção. Não vejo verdade em sua auto exposição.

É notável que o personagem criado pela escritora E.L. James fez um enorme sucesso entre a mulherada, e logicamente todo homem gostaria de fazer tal sucesso também. Eu tive o desprazer de folhear o livro e ver o filme, e definitivamente Christian Grey é o tipo de cara que causa repulsa, é aquele tipinho que “compra” mulheres, assim como o nosso amiguinho Tony. Mas sejamos francos, se for para se espelhar em algum homem da ficção, eu preferia ser Hank Moody, um bêbado, fodido e falido que encanta todas as mulheres por onde passa, apenas por ama-las a sua maneira. Mas como o mundo real é o que realmente importa, a única coisa que vejo é uma necessidade absurda de se autoafirmar, seria síndrome do pau pequeno? 

Se você vê Tony Toutouni como um herói, eu lhe digo que cada um tem o ídolo que merece. Mesmo já tendo pago por sexo - o que eu não julgo errado, diga-se de passagem - sempre vi homens e mulheres como iguais. Fetiches, extravagâncias, e todo tipo de prazer é válido, mas quando é de verdade, quando há verdade, porque no mundo dos adultos há espaço de sobra para a entrega, mas não para brincadeiras de criança. Quem tem as coisas de verdade não faz questão de esfrega-las na cara das pessoas a todo momento.