Como Hugh Hefner ensinou o homem sobre os prazeres da vida através da Playboy O homem que mais aproveitou a vida ao lado de belas mulheres, e revolucionou o mundo do sexo, faleceu de causas naturais gplus
   

Como Hugh Hefner ensinou o homem sobre os prazeres da vida através da Playboy

O homem que mais aproveitou a vida ao lado de belas mulheres, e revolucionou o mundo do sexo, faleceu de causas naturais

Confira Também

Nesta quarta-feira, 27 de setembro, Hugh Hefner deu seu último suspiro. O empresário, que revolucionou a cultura e os símbolos sexuais nos anos 1950, tinha 91 anos e estava na casa em que vivia, na Playboy Mansion West, em Los Angeles. Hugh faleceu de causas naturais e a própria revista Palyboy informou a imprensa sobre a morte do playboy nº 1 através do Twitter com uma famosa frase dele: “A vida é muito curta para viver o sonho de outra pessoa”. 

A Playboy foi criada em 1953, e teve um papel importante na mudança de atitude a respeito da sexualidade no século XX. Sobre o que ninguém queria falar, Hugh falou. Sobre o que poucas pessoas queriam mostrar, Hugh mostrou. Sobre quem precisava falar, Hugh conseguiu com que falasse. E foi através da revista, em conjunto com grandes figuras, que o empresário conseguiu construir sua própria marca e, mais do que isso, um império. 

''Meu pai viveu uma vida excepcional e impactante. Defendeu alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, a liberdade de expressão, os direitos civis e a liberdade sexual'', destacou Cooper Hefner, filho de Hugh, diretor criativo da Playboy Enterprises, em um comunicado á imprensa. ''Ele definiu um estilo de vida e um comportamento que estão no coração da marca Playboy, uma das mais reconhecíveis e duradouras da história'', completou. Além de Cooper, Hugh deixa os filhos David e Marston, e a filha Christie.

Apesar de ter restrição de idade, a revista se tornou uma espécie de bíblia para os homens ao longo dos anos. O conteúdo abordava de fotos e textos picantes a entrevistas dinâmicas e profundas com personagens famosos como Fidel Castro, Frank Sinatra e o ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter. Em plena década de 50, Hefner foi o primeiro a publicar fotos de Marilyn Monroe nua. 

As fotos picantes das “coelhinhas”, apelido dado pelo próprio Hugh às que aceitavam posar para a revista, desafiaram as crenças “puritanas” e apresentou ao mundo uma nova forma de consumir textos, fotografia e sexo. A circulação saiu de 200 mil no primeiro ano para mais de 1 milhão em 5 anos.

MULHERES

O que você tomou de copo de água na sua vida, muito provavelmente foi o que Hugh pegou de mulher. Do começo ao fim. Ele era casado desde 2010 com a modelo Crystal Harris, 60 anos mais nova que ele, após dois divórcios nos anos 1950, mesmo assim, nos últimos anos de sua vida, frequentava clubes noturnos e manteve um grupo de jovens namoradas, um estilo de vida que ele garantia que o mantinha jovem (e quem duvida?).

MUDANÇAS NOS NEGÓCIOS

Em uma entrevista a BBC em 2003, Hugh disse que gostaria de ser ''lembrado como alguém que teve um impacto positivo nas mudanças dos valores sexuais sociais de sua época''. E conseguiu. 

Apesar da proposta ousada - e bem aceita – na época, a Playboy se viu completamente despida (perdão o trocadilho) pela internet, à medida que o acesso a conteúdo sexual ficou muito mais fácil, silencioso e barato.  

O consumo do material específico e exclusivo da Playboy caiu muito desde os anos 2000. Em 2015, para tentar repaginar seu conteúdo e reconquistar leitores, a equipe editorial da revista americana decidiu parar de publicar fotos de nudez. 

No Brasil, a franquia da revista optou por não deixar de mostrar as fotos de nudez, e para isso convidava de personalidades do reality show Big Brother Brasil e outras subcelebridades. Vez ou outra só alguma grande famosa topava tirar a roupa na frente das câmeras. Alguns leitores, amantes da revista, se posicionaram contra a seleção dos perfis que vinham sendo fotografados e publicados recentemente. 

Em 1970, Hugh adquiriu a Mansão Playboy, localizada nas colinas de Holmby Hills, em Los Angeles, propriedade que foi vendida no ano passado, por US$ 100 milhões, a Daren Metropoulos. O acordo era de que ele só se mudaria de lá após a sua morte.


Nathalia Marques