Gracie Jiu-Jitsu, o carro chefe do UFC A família Gracie modificou o jiu-jítsu, criou sua própria tradição, minimizando o uso da força, e desafiou outras artes marciais gplus
   

Gracie Jiu-Jitsu, o carro chefe do UFC

A família Gracie modificou o jiu-jítsu, criou sua própria tradição, minimizando o uso da força, e desafiou outras artes marciais

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A origem do jiu-jítsu é lá no Oriente, mas dificilmente você ouvirá falar da luta sem que o Brasil ou o nome Gracie sejam mencionados, afinal a família Gracie revolucionou o esporte, que até ganhou o nome de Gracie Jiu-Jitsu ou Jiu-Jítsu Brasileiro. Eles difundiram o esporte no no Brasil e exportaram suas técnicas para o mundo, apresentando uma nova arte marcial, centrada na defesa pessoal.

Origem
Hélio Gracie passou anos observando o irmão Carlos praticar e ensinar a arte para outros, mas seu físico de adolescente era frágil, o que não permitia que ele executasse tão bem algumas técnicas. Para adaptar a luta a seu corpo, passou a enfatizar os princípios de alavanca, já presentes no esporte, sobre força ou velocidade. Modificando as técnicas tradicionais, Hélio criou o Gracie Jiu-Jitsu.

E o cara provou que suas técnicas não só funcionaram como eram superiores, desafiando e derrotando lutadores de outras artes marciais, muito maiores e pesados que ele. O que nos leva a lembrar de um aspecto importante do Gracie Jiu-Jitsu, que vai além do combate, o da defesa pessoal. Royler Gracie vê a questão da defesa como o grande gancho das técnicas desenvolvidas pelo pai. A luta prepara um cara pequeninho para encarar alguém maior.

Mas já que falamos de combate, não podemos deixar de falar do UFC. Royler acredita que nenhum lutador deve entrar no octógono sem mestre me jiu-jítsu. As artes marciais podem ser mistas, mas para o filho de Hélio “o jiu-jítsu é o carro chefe”.

 “Você pode ser ótimo no boxe, por exemplo, mas se um cara te agarra, você recebe uma gravata, você não consegue sair,” explica Royler.

Benefícios
Um dos principais benefícios do jiu-jítsu é seu uso como defesa pessoal, mas Royler também destaca o bom desenvolvimento de uma boa autoestima. Criado na tradição do Gracie Jiu-Jitsu, o lutador conhece o tatame desde os 3 anos e afirma que a luta foi essencial para sua autoestima, pois a criança já cresce sabendo se defender, sabendo que pode dizer não sem ter medo, seguro de si.

Princípios
Como toda a arte marcial, o jiu-jítsu tem sua filosofia que é aplicada dentro e fora do tatame, levando a aplicação do Gracie Jiu-Jitsu para além dos estrangulamentos, imobilizações e quedas. Os praticantes da luta seguem os princípios de eficiência, paciência e controle.

A eficiência é o princípio central: a “capacidade de alcançar o máximo efeito com aplicação mínima”. Na luta, partindo da ideia de que o atacante sempre é maior e mais forte, você usa as técnicas de alavanca e movimentos naturais do corpo para cansar o adversário e preservar a sua própria energia. Na vida, a ideia e alcançar resultados máximos com esforço mínimo usando sua energia de forma eficaz.

Na luta e na vida, a paciência é aplicada de forma parecida. Atacar ou agir por impulso, sem foco, desperdiça energia. E escolher o momento certo é importante dentro e fora do tatame. Mesmo a técnica perfeita falha se for usada na hora errada.

O controle diz respeito à dominação física do adversário no tatame e ao autocontrole na vida, disciplina pessoal. E existe ainda o Triângulo Gracie, símbolo das academias que seguem a tradição da família, cujos três lados representam mente, corpo e espírito.