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11 Cuidados antes de financiar um carro

Conheça as novas regras para retomada de veículos financiados e evite que o sonho vire pesadelo

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Pensando em financiar seu primeiro carro? Então fique ligado, pois as novas regras de financiamento de veículos, em vigor desde 14 de novembro de 2014, mudaram a dinâmica para retomada dos automóveis em casos de inadimplência.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), antes do novo procedimento, os bancos esperavam pelo menos o vencimento de três parcelas pra dar início ao processo de busca e apreensão do veículo. Agora, com um único dia de atraso, o banco já pode enviar carta para o devedor – e em menos de uma semana terá os documentos necessários pra recuperar o automóvel do consumidor inadimplente.

Antes da Lei 13.043/14, o banco tinha que comprovar a inadimplência com carta emitida pelo Cartório de Títulos e Documentos, ou pelo protesto da dívida para entrar com ação para retomar o veículo. Dessa forma, você ainda tinha a possibilidade de pagar a dívida sem envolver a justiça, e dispunha de mais tempo pra tentar uma renegociação.

Além de facilitar a comprovação da inadimplência, a Lei 13.043/14 também agiliza a entrada, por parte dos credores, de ação de busca e apreensão com concessão de liminar no plantão judicial, ou seja, aquela que é feita aos sábados domingos e feriados.

Confira a seguir 11 dicas pra evitar que isso aconteça com você:

1. Ponha no papel e avalie com antecedência os custos que envolvem a manutenção do carro. Lembre-se que, além das parcelas, há gastos com combustível, seguro, licenciamento e impostos.

2. Não comprometa 30% da sua renda só com as parcelas do financiamento do veículo. Quanto menor o comprometimento da renda mensal, menores são as chances de inadimplemento.

3. Faça simulações de crédito em vários bancos. Mesmo que o carro que você está interessado só possua uma financeira para o crédito, a comparação vai te ajudar a encontrar uma negociação mais justa.

4. Não olhe apenas a taxa de juros nominal, aquela que é anunciada pela financeira. Muitas vezes o banco reduz a taxa de juros a zero; mas, ao compor os encargos, insere tarifas com valores muito elevados que escondem os juros reais aplicados.

5. Exija sempre o custo efetivo total (CET) detalhado, ou seja, o valor de todos os encargos e despesas que você vai pagar com o financiamento, mesmo nas simulações.

6. Se antes de fechar o financiamento você suspeitar de alguma cobrança informada como obrigatória – além do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – informe-se junto aos órgãos de defesa do consumidor ou ao Banco Central.

7. Exija o contrato de crédito com detalhamento dos custos.

8. Leia atentamente o contrato ou consulte alguém de confiança para avaliar os riscos.

9. Evite dívidas de longo prazo. Quanto maior o prazo maior a exposição do valor financiado aos juros praticados.

10. Programe-se pra dar uma boa entrada em dinheiro e financiar o mínimo possível.

11. Evite adiar o início do pagamento do financiamento para o início do próximo ano. Quanto mais tempo demorar para iniciar o pagamento mais juros serão cobrados.

O que fazer se seus direitos não foram cumpridos?

Procure também o PROCON de sua cidade ou do Estado. Ele será o "intermediário" entre você e a empresa. Mas lembre-se: o PROCON não representa o consumidor judicialmente, portanto, as suas tentativas de negociação serão extrajudiciais. Nas causas que envolvam até 20 salários mínimos o consumidor pode utilizar o Juizado Especial Cível sem a presença de advogado. Para ações de até 40 salários mínimos, você pode recorrer ao Juizado Especial Cível, só que para isso vai precisar de um advogado. 

Já nas causas que ultrapassam esse valor, você vai ter que entrar na justiça comum, e pra isso melhor escolher um advogado de confiança. É bom lembrar que, nos casos de financiamento de automóvel, pra dar valor à causa, utiliza-se o valor financiado e não o da parcela. Dica: as redes sociais são uma ótima forma de começar a se mobilizar! 


Danilo Barba