gplus
   

Países temem novo ataque cibernético

15/05/2017 00:00

Confira Também

Mais de 150 países amanheceram nesta segunda-feira avaliando os danos provocados pelo maior ataque cibernético já registrado na história e temendo novas invasões em sistemas e computadores.

De acordo com a Microsoft, o ciberataque da última sexta-feira fez "soar um alarme" para os riscos existentes e a vulnerabilidade das novas tecnologias. "O ataque vale como um alarme. Os governos não podem manter softwares que podem ser transformados em armas para hackers sem escrúpulos", disse a companhia em seu blog.

O vírus usado no ataque mundial, considerado um ransomware, bloqueia computadores e pede um "resgate" para que o usuário consiga acessá-lo novamente. O mecanismo teria sido roubado da agência norte-americana NSA e caído na mão de hackers.

Oferta russa

O presidente russo, Vladimir Putin, fez duras críticas ao governo norte-americano e aos sistemas de informática criados pelas agências. "A Microsoft disse claramente que o vírus nasceu nos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Isso significa que algo pode se voltar contra quem o criou", disse.

"O ataque deveria encorajar a comunidade internacional a debater o tema da cibersegurança em níveis políticos mais altos. No ano passado, Moscou propôs aos Estados Unidos um acordo bilateral sobre ameaças de hackers, mas, infelizmente, Washington recusou a nossa oferta", alfinetou o líder russo.

Alerta britânico

O jornal britânico The Times publicou que o governo e o Ministério da Saúde já tinham sido informados há um ano sobre os riscos de um ataque cibernético em grande escala contra hospitais do sistema público (NHS, na sigla em inglês), um dos alvos da invasão mundial de sexta-feira. Ao todo, 200 mil computadores foram infectados em 150 países.

Os "resgates" pedidos pelos hackers giraram em torno de US$ 300 (R$ 930) para cada equipamento.

Especialistas chineses contabilizam que 30 mil entidades, de diversos setores, foram atingidos.

No Brasil, servidores públicos e empresas de telecomunicações também foram violados, como o Tribunal de Justiça de São Paulo, o Ministério Público e o INSS.

O Japão, por sua vez, informou que servidores do colosso Hitachi e da Nissan apresentaram problemas com o ataque.

Apesar da Europol garantir que não há nenhum novo risco de contágio global, os temores não passam. "Não foram registradas novas infeções de ransomware e isso é positivo. Significa que, no fim de semana, com o alerta do ataque em escala global, as pessoas começaram a fazer as atualizações de segurança em seus equipamentos", disse o porta-voz da Europol, Jan Op Gen Oorth.

Previna-se!
Cuidados simples podem driblar ataque

Confira também: especialista explica como proteger seu computador

Veja mais em: