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Polícia europeia classifica ataque cibernético como sem precedentes

13/05/2017 00:00

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Os efeitos do ataque cibernético que atingiu quase uma centena de países continua a ter efeitos neste sábado e foi considerado como "sem precedentes" pelo Serviço Europeu de Polícia (Europol).

"Europol está ajudando os países. O ataque de #Ransonware está em níveis sem precedentes e pede uma investigação internacional", postou a entidade no Twitter.

Reino Unido foi o mais afetado

Segundo apurou a rede britânica BBC, mais de 75 mil casos foram registrados em 99 países na sexta-feira, incluindo todos os maiores países da Europa, além da Rússia, China e Estados Unidos.

Os ataques atingiram tanto órgãos públicos como empresas privadas de diversos setores. O país mais afetado, no entanto, foi o Reino Unido, que teve os seus serviços de saúde suspensos durante todo o dia - houve sequestro de informações de pacientes e desvio nas rotas de ambulância.

De acordo com a Europol, tanto a Grã-Bretanha como a Espanha pediram ajuda formal para combater o ciberataque.

O Brasil também registrou o ataque, e diversos órgãos públicos suspenderam temporariamente suas atividades para evitar a propagação dos vírus. Os serviços do INSS e diversos departamentos de Justiça estaduais, por exemplo, foram paralisados momentaneamente durante a sexta, mas o Gabinete da Presidência informou que os problemas foram "pontuais". Ainda de acordo com o Gabinete, "não há registros e evidências de que a estrutura de arquivos dos órgãos da administração pública federal tenha sido afetada".

Ransonware

O ataque desta sexta-feira foi um ransonware, um tipo de vírus que ataca o computador, smartphone ou qualquer outro dispositivo e o torna "refém", como se fosse um sequestro. Os hackers pedem um resgate em dinheiro para que o usuário possa voltar a ter acesso aos próprios dados.

Diversos especialistas chamam o ataque de ontem de "Wanna Cry" ("Quer chorar", em tradução livre) e, segundo o jornal The New York Times, o vírus foi roubado da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos. De acordo com a publicação, o ataque foi realizado pelo grupo Shadow Brokers.

Empresas de anti-vírus estimam que os ataques do tipo aumentaram 50% no último ano e, além de atingir usuários comum, os ransonwares começaram a agir contra instituições, escritórios e estruturas públicas.

A empresa Kaspersky calcula que, entre as empresas, passou-se de um ataque a cada dois minutos para um a cada 40 segundos. Já entre os usuários particulares, houve um ato a cada 10 segundos no ano passado.

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