gplus
   

Temer admite ter chamado Forças Armadas em Brasília

24/05/2017 00:00

Confira Também

O Palácio do Planalto disse que a decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de usar as Forças Armadas para reforçar a segurança na Esplanada dos Ministérios na tarde desta quarta-feira (24) foi tomada com base na informação de que não havia policiais da Força Nacional suficientes para atender à solicitação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“O Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no Artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas”, diz um trecho da nota divulgada no início da noite.

Mais cedo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, fez um pronunciamento informando que a determinação presidencial partiu de um pedido feito por Maia.

O presidente da Câmara se manifestou, informando que fez a solicitação da Força Nacional (composta por agentes das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros), e não das Forças Armadas.

Segundo o Congresso em Foco, no final desta tarde, Maia cobrou que o governo "repusesse a verdade" dos fatos. O presidente da Câmara também disse ter considerado excessiva a decisão do Planalto que manter as tropas mesmo após o término da manifestação.

Entenda: Protesto contra Temer tem exército nas ruas e aprofunda crise

A decisão do governo provocou debate entre parlamentares da base aliada e da oposição na Câmara e no Senado.


Tumulto

Em nota, o Planalto destacou ainda o tumulto ocorrido durante a manifestação de hoje que protestava contra as reformas debatidas no Congresso Nacional e pedia a saída de Michel Temer. 

Leia mais: Grupo promove quebra-quebra durante ato em Brasília

No protesto, um grupo de manifestantes e policiais entrou em confronto. O grupo quebrou vidraças dos prédios dos ministérios e colocou fogo em banheiros químicos. A polícia reagiu com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha. Os fatos, segundo o governo, motivaram o emprego de militares na proteção do patrimônio público.

Governo do Distrito Federal

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, divulgou nota lamentando os episódios de violência que ocorreram durante a manifestação.

Segundo estimativa parcial da Polícia Militar do Distrito Federal, mais de 35 mil pessoas participaram da manifestação convocada por centrais sindicais de todo o país contra as reformas da Previdência e Trabalhista.

O governador, no comunicado, se disse “surpreso” com o decreto do presidente Michel Temer autorizando o uso das Forças Armadas para proteger os demais prédios da Esplanada dos Ministérios, palácios e o Congresso Nacional, até o dia 31 de maio.

Segurança é reforçada no Palácio do PlanaltoValter Campanato/Agência Brasil

&ldqu