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Motim de familiares de PMs chega ao fim no ES

25/02/2017 00:00

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O policiamento foi totalmente retomado nas ruas do Espírito Santo às 12h deste sábado (25), após o fim do motim promovido por familiares de policiais militares acordado em reunião iniciada às 22 horas de sexta-feira (24) que terminou apenas às 6h30 de hoje.

Desde o início do mês, familiares de policiais bloqueavam a saída dos batalhões do Estado protestando por reajuste salarial da classe.

Segundo a Secretaria de Segurança capixaba, desde sexta-feira (24) o motim já vinha perdendo força, mas 19 cidades do Estado ainda não estavam com 100% do policiamento funcionando nas ruas. Agora, todas as cidades estão com policiamento total, conforme informou o governo do Estado.

Entenda: Como o caos se instalou tão rápido no Espírito Santo?

“A nossa principal premissa era evitar o uso da força e isso foi feito. A segunda era resolver isso pelo diálogo e isso também foi feito”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Nylton Rodrigues. O Governo do Espírito Santo divulgou um vídeo em que o comandante fala da volta dos PMs às ruas:

Inquéritos

Segundo o coronel, os PMs que retornaram ao serviço vão ter a situação atenuada, caso estejam respondendo a qualquer tipo procedimento administrativo ou inquérito policial. “Não haverá nenhum tipo de perseguição, a instituição não quer isso. Queremos valorizar os bons policiais. A conduta dos policiais será individualizada”, afirmou. Também conforme a Secretaria, 2.580 agentes estão respondendo a inquéritos policiais-militares (IPMs).

Termos

De acordo com o documento assinado pelos representantes na reunião de sábado (25) foi assumido um compromisso, por parte do governo do Estado de que não serão instaurados novos procedimentos administrativos disciplinares (PADs). Também ficou restabelecido o compromisso de não mover ações contra as associações de policiais.

Estavam presentes no encontro duas líderes do movimento de mulheres de PMs, secretários de governo, integrantes da Defensoria Pública da União, representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O governo concordou com uma das principais reivindicações das famílias: a obrigação de um retorno em até 45 dias - a contar da data de transferência - dos agentes para o seu local de origem. Na semana passada, 55 militares foram transferidos para outros batalhões e companhias. Foi acertado também que não haverá novas transferências de soldados da Grande Vitória para o interior do Estado e vice-versa, mesmo que ocorra uma eventual reformulação na corporação, como o comando chegou a aventar.