O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu aval ao PT na Câmara negociar cargos na Mesa Diretora em troca de apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Casa. Segundo interlocutores, Lula considera ser mais importante o partido não ficar de fora do comando da Câmara nos próximos dois anos, como aconteceu na eleição do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2015, quando a sigla lançou Arlindo Chinaglia (PT-SP) e ficou sem cargo.
O novo líder do PT, Carlos Zarattini, defendeu publicamente que a bancada dê apoio ao candidato que respeitar a regra de proporcionalidade, mesmo que sejam parlamentares que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Caso haja a criação de um bloco com várias siglas, a participação do partido na Mesa Diretora pode ser inviabilizada, mesmo que o PT tenha a segunda maior bancada na Câmara com 57 deputados.
Rodrigo Maia deve pedir que o ex-presidente Lula interceda a seu favor. De acordo com interlocutores do deputado do DEM, ele vai propor um "acordo de cavalheiros" em troca do apoio do PT a sua reeleição. Além da Segunda-Secretaria, Maia irá prometer compensar a sigla na divisão das comissões especiais da Câmara e reforçar o posicionamento de "não perseguir" os petistas durante os trabalhos na Casa.
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