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Brasileira presa nas Filipinas já havia viajado ao país

16/01/2017 00:00

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A viagem que levou Yasmin Fernandes Silva para a cadeia não foi a primeira dela para as Filipinas. A jovem de 20 anos já tinha estado em Manila cerca de três meses antes de ser flagrada no aeroporto com seis quilos e duzentos gramas de cocaína escondidos num travesseiro, em 15 de outubro.

A polícia filipina investiga se Yasmin - que viajou com duas amigas naquela ocasião - também entrou com droga no país.

A brasileira divide cela com detentas em um presídio em Pasay, na região metropolitana da capital. Ela dormiu os primeiros dias no chão até que a família conseguisse comprar uma cama para ela. A água potável também é cobrada. 

A droga que Yasmim levava foi avaliada em R$ 2 milhões pelas autoridades locais. Os traficantes que aliciaram a jovem em Goiânia teriam prometido pagar R$ 15 mil pela entrega e mais R$ 1 mil para ela se manter alguns dias em Manila.

A mãe de Yasmin está com medo e por isso não quis mostrar o rosto ao dar entrevista para o Jornal da Band. Na conversa, ela pediu clemência ao governo filipino. “Eu espero em Deus que minha filha consiga a clemência que ela precisa para, pelo menos, vir responder isso aqui no Brasil para que ela tenha o apoio da família.”

Emocionada, a mãe diz que a filha não é traficante. “Ela não é bandida, ela foi aliciada”, conta. 

A hipótese de ela ser mandada de volta para o Brasil, porém, é remota. O presidente filipino, Rodrigo Duterte, apertou o cerco contra os traficantes e quer restabelecer a pena de morte. 

No país, policiais fazem operações antidrogas no país e há denúncia da ação de grupos de extermínio, que já teriam assassinado cerca de seis mil pessoas suspeitas de ligação com o tráfico.

Neste final de semana, Duterte disse que pode declarar a Lei Marcial, que se instituída, permitirá a utilização do exército para missões de ordem pública e a prisão sem acusação por longos períodos.

O Itamaraty informou que um advogado acompanha o caso de Yasmin em Manila. O julgamento deve ocorrer em março; a lei filipina prevê penas de até 40 anos de prisão por tráfico de drogas. 

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