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VCNOAREA: O que eu aprendi em 4 anos de barba

Não basta querer ter, é preciso experimentar, cuidar e preservar para conquistar uma barba de respeito

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*Jorge Henrique Campos Malagres, especial para o AreaH. 

Ao ler o título você deve pensar que ostento uma barba gigante (daquelas dignas de algum integrante do ZZ Top) há quatro anos. Calma, não é nada disso. Já passei por diversos tipos de barba: por fazer, cavanhaque, curta, média, grande. Se você gosta de barba e quer saber como foi minha experiência, continue lendo.

Desde adolescente já achava um máximo ter barba, por mais que tivesse só um bigode que não juntava com o cavanhaque. Naquela época o tema não era tão discutido assim como hoje em dia, nem tínhamos tanto acesso à Internet como hoje e dicas de como cuidar, etc. 

Quando estava lá pela sétima série resolvi deixar um cavanhaque sem bigode (sério, pessoal, não façam isso. Hoje vejo como é ridículo). O diferencial é que minha barba é ruiva e tinha uns fios que eram bem vermelhos. Gostava bastante do efeito. Eu aparava só com uma tesoura e pente. Depois comprei uma máquina para aparar dessas que você carrega na tomada, até que desisti da ideia e optei pelo rosto liso novamente. 

Anos mais tarde adotei a barba por fazer, a qual aparava com uma máquina no pente um ou dois, no máximo, uma vez por semana. Também acertava a linha do pescoço com uma lâmina, mas as laterais sempre tinham falhas. Vivi um processo de “deixa-e-tira” por diversas vezes.
 
Até mesmo já deixei só o cavanhaque bem aparado (com bigode dessa vez), mas não combinou muito, pois não juntava com o bigode. Acredito que só o Johnny Depp consiga ficar bem assim.

Um dia resolvi deixar os fios maiores para ir num barbeiro, que acabou deixando as linhas da bochechas bem baixas e as falhas menos evidentes. Para manutenção, só aparava em casa com máquina, no pente quatro, e definia as linhas com a lâmina. 

O tempo foi passando e fui deixando cada vez maior. As informações na Internet já eram mais claras sobre como aparar e quais produtos utilizar. Comecei a utilizar um safety razor (um barbeador que, muito provavelmente, seu avô utilizava). Fazia espuma na tigela e tudo mais. Transformei o ato de barbear num verdadeiro ritual e, como sempre gostei de coisas “old school”, foi um prato cheio para mim. 

Depois de um tempo com mais confiança, parti para um navalhete para realizar o processo de barbear as linhas do pescoço e bochecha e, apesar de alguns cortes no começo, depois que se pega o jeito é muito eficiente. 

Hoje, com 25 anos, possuo uma barba média. As falhas já quase nem aparecem e eu mesmo a aparo com ajuda de dois espelhos, máquina, pente e tesoura. Raramente vou a barbearias, mas é bom no começo para te dar uma luz de qual o melhor formato para o seu tipo de rosto, essas coisas. Lavo todos os dias com Shampoo de bebê, mas já utilizei específicos para barba e sabonete de glicerina líquido que também tiveram o mesmo efeito para mim, vai de cada pessoa. Utilizo óleo especifico para hidratar e um Balm para deixar os fios mais alinhados. 

Nesses quatro anos posso dizer que aprendi que independente do tipo de barba que você tenha, acredito que sempre vai ter um estilo que combinará com você. Se está deixando crescer e tem falhas, não desista! Vejo muitos jovens com menos de 25 anos nessa situação, mas é só ter paciência. Se você gosta, invista, porque o ritual tem resultado bem gratificante: a barba cabe no seu rosto, te deixa mais inteligente, melhora a autoestima, você ganha habilidades em cortar lenha, pesca e sobrevivência. 

Make Love, Not Beard!

(*) Jorge Henrique Campos Malagres é bacharel em Administração, guitarrista, amante do Old School, Netflix e literatura. Tem gostos musicais peculiares que vão de Raça Negra à Metallica.



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