Não, eu não tenho (nem quero ter) barba Prólogo Relevante: não tenho barba e, mesmo que os pelos brotassem em meu rosto, não os deixaria crescer gplus
   

Não, eu não tenho (nem quero ter) barba

Prólogo Relevante: não tenho barba e, mesmo que os pelos brotassem em meu rosto, não os deixaria crescer

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Ao longo dos meus recém-completos 37 anos já convivi com um sem-fim de modismos: de Loco Mía na música (não, eu não gostava!), aos cabelos mais longos e brincos para homens (sim, eu usava!) que davam estilo nos anos 90. É inerente ao ser humano,  e nós homens não temos quaisquer argumentos para “ficar fora desta”, imaginando que apenas as do sexo frágil se deixam seduzir por  tendências que chegam e logo vão – umas em questão de dias, outras poucas semanas depois.

Foi neste contexto que me peguei reparando que o público masculino vive hoje uma “ditadura da barba”. Sim, isso mesmo. Se você nasceu – e cresceu -imberbe (como é o meu caso) começa a se sentir até meio fora de sintonia, excluído do modismo masculino do momento: o culto aos pelos no rosto. 

Olhe só: não tenho qualquer motivo, a priori, para ser contrário à manutenção de um bigode, barba mais cheia ou mesmo uma costeleta mais raivosa. Mas o que notei recentemente é que qualquer homo sapiens sapiens do gênero masculino TEM QUE deixar uns pelos na cara para “estar na moda”, antenado e ser tido como “moderninho”. E é aí que noto o surgimento de mais um modismo nas nossas vidas. Salve-se quem puder... Ou quem barba tiver.

O caso chega a tal extremo que até mesmo barbas que poderiam ser consideradas “feias” ou “esteticamente desarmoniosas” viraram fetiche (de homens e mulheres) – ou não é este o caso do ator Alexandre Nero, em seu papel de Comendador? 

Não sou, obviamente, especialista no tema, mas fica claro que ele tem falhas enormes na pelagem facial! E aí, você olha pro lado e vê seu amigo, colega de trabalho, parente, comerciante ou bombeiro, que sempre achou bacana ter o rosto bem barbeado, em um esforço enorme de ser reconhecido como o MC Barbicha. Acredito até que devam ter casos de homens fazendo tratamento para os pelos crescerem no rosto. Tudo para ser o próximo “na moda”.

Nesta minha breve constatação, estava ontem mesmo vendo alguns videoclipes com minhas filhas e, por estas coisas da vida, o app que consumíamos sugeriu uma música do Maroon5 de uns sete ou oito anos atrás – logo após termos assistido o lançamento, Sugar. O resultado? Mais um ex-cara limpa com a barbinha do momento.   

Viva mais um modismo!


Rodrigo Moreno