A seleção e a Neymardependência Relembre de 7 craques que fizeram seleções reféns de seus talentos acima da média gplus
   

A seleção e a Neymardependência

Relembre de 7 craques que fizeram seleções reféns de seus talentos acima da média

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Primeira competição oficial depois da vexatória Copa do Mundo feita pela Seleção Brasileira, em 2014, a Copa América de futebol abriu os trabalhos para o escrete canarinho com uma velha constatação: a Neymardependência. O moleque camisa 10 do Brasil fez um gol na vitória de 2x1 na estreia contra o Peru, deu a assistência para o segundo gol, deu dois chapéus seguidos no mesmo marcador, driblou, pintou e bordou. Fez o de sempre e ótimo que seja assim. O problema dessa história toda é que não há uma alma viva na Seleção com 50% da criatividade do atacante brasileiro do Barcelona para dividir a responsa.

A estreia brasileira na Copa América deixou claro que rezar para Neymar não se machucar é a tática mais sólida na atual Seleção comandada por Dunga. Sem o camisa 10, o Brasil vira time comum, um Peru de manto amarelo talvez. A Neymardependencia é um perigo, uma roleta russa. A gente se lembra bem a sova que levamos em casa no Mundial quando Neymar esteve ausente naquele fatídico jogo contra a Alemanha no Mineirão. Ter um cabra acima da média no time, óbvio, é fundamental, mas depender só dele é como namorar a prostituta mais estonteante e lasciva que, uma hora, resolve cobrar-lhe a conta. Listamos aqui 7 craques que fizeram seleções reféns de seus talentos acima da média.

#1 NEYMAR – Assim como acontece na gestão Dunga, Neymar foi o cara do Brasil na Copa de 2014 sob o comando de Felipão. Fez 4 gols no torneio. Quando não jogou a semifinal contra a Alemanha devido a uma lesão, a Seleção apanhou de 7x1.

#2 ROMARIO – Naquela Seleção burocrática de Parreira da Copa de 1994, havia um pirilampo virado no Jiraya com a camisa 11. Romário fez 5 gols e foi eleito o melhor jogador do Mundial vencido pelo Brasil.

#3 RONALDO – O Brasil de Felipão chegou para a Copa de 2002 desacredita e jogando com três zagueiros. Mas tinha o Fenômeno no ataque. Ele fez gol em seis dos sete jogos – oito, no total, durante o Mundial –, foi o artilheiro e melhor jogador do torneio. Brasil pentacampeão.

#4 ZIDANE – O camisa 10 foi o regente da seleção francesa em duas finais de Copa do Mundo. A que ele jogou bem, a França bateu o Brasil na final de 1998 com dois gols dele. A que ele jogou mal – e foi expulso ao agredir um zagueiro italiano com uma cabeçada – os franceses sucumbiram ante a Itália na Copa de 2006.

#5 CRISTIANO RONALDO – O atacante é o cara da seleção de Portugal há mais de uma década. Problema é que essa andorinha portuguesa trabalha tão isolada que seu time jamais fez verão. 

#6 MARADONA – A Copa de 1986 não foi vencida pela Argentina, mas pelo seu camisa 10, que fez gol até de mão. Em 1990, na Copa da Itália, quando El Pibe não esteve em seus melhores dias, o time argentino perdeu a final para a Alemanha.

#7 PELE – O Brasil chegou para a disputa da Copa de 1966 com o negão camisa 10 bicampeão mundial e um time meio mequetrefe. Pelé apanhou feito gente grande na derrota para Portugal e saiu de campo lesionado. Resultado: a Seleção foi eliminada logo na primeira fase. 


Rodrigo Cardoso