Top 10: Clássicos do futebol internacional Brasileiro sabe como é a rivalidade de um bom clássico. Mas, fora do país, alguns dérbis se destacam. É paixão mundial, amigo! gplus
   

Top 10: Clássicos do futebol internacional

Brasileiro sabe como é a rivalidade de um bom clássico. Mas, fora do país, alguns dérbis se destacam. É paixão mundial, amigo!

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Boleiro apaixonado é aquele que adora qualquer tipo de clássico. Tanto, que mesmo quando está ao lado dos amigos para uma "inocente" pelada, para um jogo de futebol de botão ou no videogame, a amizade realmente fica fora do campo e cada um defende as cores de seu time. Mas, nada, absolutamente nada se compara a alguns derbies do futebol mundial. Não que nossos clássicos nacionais não sejam grandes, mas agora é hora de desbravar as fronteiras brasileiras para os jogos que pegam fogo lá fora.


10º Esteghlal x Perspolis (Irã)
Um dos maiores estádios do mundo, o Azadi Stadium recebe todos os anos um dos mais incríveis clássicos do mundo – o Tehran derby. Esse não se destaca por sua longa história, afinal o primeiro confronto oficial entre os clubes aconteceu apenas em 1968, todavia isso não quer dizer que suas torcidas não rachem 60 mil espectadores de cada lado do estádio – fácil e sempre. Ainda mais agora que o Governo do Irã permitiu a presença de mulheres nos estádios. Como diria Milton Neves sobre o Galo mineiro, "vai ter que fazer um estádio com capacidade para 2 milhões de pessoas". 24 vitórias para o Esteghlal e 16 para o Perspolis.

9º Independiente x Racing (Argentina)
Esses argentinos sabem mesmo como plantar, alimentar e colher uma rivalidade – seja em Buenos Aires ou fora dela. Afinal, como uma província como Avellaneda (que abriga pouco mais de 320 mil habitantes) poderia ter não apenas um grande clube, como dois? Quem viu de perto um Clássico de Avellaneda poderia dizer tranquilamente que se trata de um dos mais hostis do Planeta. Por lá não tem brincadeira: quem é diablo rojo odeia quem fale dos acades. Se o Independiente é o rei das Copas (são 7 Libertadores contra apenas uma do Racing) e leva vantagem no confronto direto (68 a 47), o Racing se gaba de ser a maior torcida da cidade. Será?

8. Olympiacos x Panathinaikos (Grécia)Os gregos podem estar enrascados pela crise financeira (e estão levando consigo meio mundo para o ralo), mas a máxima mundial de que o que importa é o futebol vale também na Grécia. E como vale! Há quem diga que a paixão do torcedor do Olympiacos é única e incomparável – ainda mais em dia de clássico contra o Panathinaikos. É lá que a "barra brava" do clube mostra sua força e faz um espetáculo à parte: o Red Hell. Todos com seus sinalizadores vermelhos tornando o Karaiskakis Stadium num caldeirão. Acha que o Panathinaikos fica para trás? A maior goleada do confronto é dele: 8 a 2. Não à toa o clássico leva o nome de Derby of the eternal enemies.


7. Milan x Internazionale (Itália)Poucos clássicos são tão charmosos – e equilibrados – quanto o Derby di Milano. Em Milão, a hegemonia é do Milan, mas por muito pouco: 108 vitórias, contra 96 da rival Internazionale. No Calcio os clubes estão rigorosamente empatados: 18 para cada lado. O desempate nacional pela Copa Itália colocaria a Inter em vantagem: 7 a 5. Fora dos territórios italianos, pequena vantagem do Milan – são sete Champions League's e quatro mundiais, contra o tricampeonato da Champions, da Copa UEFA e do Mundial pela Inter. Quanta rivalidade desfila pelo Giuseppe Meazza – ou seria San Siro? Depende da torcida.

6. Peñarol x Nacional (Uruguai)O que esperar do nível de rivalidade do derby que criou as "barras bravas"? Quem visitou alguma vez nossos hermanos uruguaios sabe que é impossível descobrir qual das duas torcidas é a maior, pois ambas se assumem como "muitos maiores" que o rival. Mas, se fora de campo o clima é de gozações entre as torcidas, quando entram no Centenario a coisa muda – e como muda. Pode parecer piada, mas são mais de 500 confrontos para a história do clássico e a vantagem do Peñarol é muito pequena: 181 vitórias contra 165 do Nacional. Em títulos, o mesmo equilíbrio: 46 nacionais para o Peñarol contra 43 do Nacional, três Mundiais de cada lado e 5 a 3 nas Libertadores (vantagem do Peñarol).

5. Roma x Lázio (Itália): Muito equilíbrio dentro de campo e rivalidade fora dele. O derby della Capitale é um ótimo exemplo da divisão de classes – a burguesia romana, que representa-se na torcida da Lázio e as classes mais populares que se abraçam no Roma. Em termos de tamanho de torcida, a da Roma é maior, assim como a superioridade nos clássicos: 63 vitórias dos Giallorossi contra 46 dos Biancocelestti. Muitos brasileiros costumam brilhar dos dois lados, casos clássicos de Hernanes e André Dias, que hoje são apostas da Lázio, e de Juan e Taddei, que há anos vestem a camisa do Roma. E convenhamos, dividir o Stadio Olimpico em um verdadeiro caldeirão não é para qualquer um mesmo.


4. Barcelona x Real Madrid (Espanha): A rivalidade entre os atuais dois melhores times do mundo é a prova de que o futebol é muito mais que apenas um esporte, mas também uma válvula de escape para a História. Pode-se dizer que a rivalidade entre os clubes já nasceu desde suas fundações, afinal as cidades já eram rivais havia muito tempo. Entre 1925 e 1939 a Espanha que esteve em regime ditatorial, sofria nas mãos do Gal. Francisco Franco e a rivalidade entre nacionalistas e republicanos apenas crescia (o que culminaria na Guerra Civil Espanhola de 1936). Rivalidade que se transcreveu ao campo: os nacionalistas para o Barcelona e os republicanos para o Madrid. No futebol, vantagem para o Real (31 nacionais contra 20 do Barcelona – 9 Champions League's contra 3 do Barça).

3. Celtic x Rangers (Escócia): Neste clássico, literalmente o futebol é como uma religião. Ou, na realidade, um digno campo de batalha. De um lado os Anglicanos protestantes do Rangers, do tipo que defendem com fervor a Rainha Elizabeth II. Do outro lado, os católicos e descendentes de irlandeses do Celtic, que carregam em sua bandeira a imagem de João Paulo II. Junte a esse antagonismo profundo no campo político-religioso uma rivalidade de extremo equilíbrio dentro das quatro linhas. Coisas que fazem do Old Firm um dos clássicos mais tensos do mundo. Ao todo foram 158 vitórias a favor dos Gers (Rangers) e 144 para os Hoops (Celtic). Em títulos, o Rangers continua mais vitorioso nacionalmente (com mais títulos na Liga e na Copa escocesa), mas o Celtic já conquistou a Europa – os Blues nunca tiveram tal êxito.

2. Fenerbahce x Galatasaray (Turquia)Sim, há muita rivalidade dentro de campo, mas o destaque para o Kitalar Arasi Derby (algo como o derby intercontinental em português) está para a paixão das torcidas. São ao todo 368 partidas com larga vantagem ao Fenerbahce: 140 vitórias contra 117 do Galatasaray, todavia, quem já venceu fora das fronteiras turcas foi o Galatarasay – a Copa UEFA e, como não, a Supercopa Europeia de 2000 (em cima do galático Real Madrid, com dois gols do inesquecível artilheiro Jardel). Fora e dentro de campo, muita violência marca o derby. Ao contrário do povo brasileiro, não há espaço para brincadeiras quando se trata de Fenerbahce e Galatasaray. Se estiver por lá, não dê uma de engraçadinho.


1. Boca x River (Argentina): Superclássico em todos os sentidos da palavra. Quem foi a um, seja no Monumental ou na Bombonera, sabe que faz qualquer clássico do mundo parecer só um jogo a mais. Rivalidade dentro e fora de campo em jogos em que não são raros os jogadores que literalmente deixam sangue no gramado. Só de Libertadores, 22 jogos (10 vitórias do Boca e 6 do River). Em nacionais, 198 partidas (72 vitórias do Boca e 66 do River). Supremacia do Boca, certo? Mas, se arrisque a perguntar qual a maior torcida para os próprios argentinos? Violência pura e gratuita não é incomum quando se fala de futebol na Argentina. Há quem diga que a paixão de nossos hermanos pelo esporte é muito maior que a nossa. Não ouse duvidar.

Mas, isso tudo é só o começo. Genova e Sampdória, Al Ahly e Zamalek, Sevilla e Real Bétis, Olimpia e Cerro Porteño, Everton e Liverpool... enfim, vai longe a lista de clássicos, sejam marcados pela história, pela política, pela violência ou pelo melhor de todos os temperos: a rivalidade dentro de campo.