As melhores leituras de banheiro Selecionamos os autores e as obras que vão te ajudar a relaxar naquele momento do dia em que você mais precisa gplus
   

As melhores leituras de banheiro

Selecionamos os autores e as obras que vão te ajudar a relaxar naquele momento do dia em que você mais precisa

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Os homens sabem muito bem o efeito que uma boa leitura produz enquanto estamos sentados no troninho. Assim como o sexo, esta é a hora de esquecer os problemas mundanos e deixar tudo rolar sem se preocupar com as consequências, não é mesmo?  

Embora não haja dados históricos precisos sobre a origem deste hábito masculino tão popular, muitas livrarias no Brasil e no exterior já têm até seções dedicadas à "leitura de banheiro". Um exemplo do gênero é o 1º Almanaque de Banheiro, lançado no país há três anos. O livro traz uma porção de textos variados que tratam desde figuras da cultura pop a curiosidades históricas. 

Isso já virou febre nos EUA, onde já existe até um site especializado em publicações de banheiro, o Uncle's John Bathroom Reader. Inspirado na revista homônima, há 25 anos no mercado norte-americano, os responsáveis pela página agora querem acabar com os cestos de revistas nos toaletes, vendendo e-books e até aplicativos para iPhone e iPad.

Agora que você já sabe um pouco sobre este novo mercado literário, que tal aproveitar o instante "zen" sanitário para enriquecer seus conhecimentos, em vez de ficar contando azuleijos ou lendo rótulos de cosméticos? O AreaH também se inspirou com a ideia e selecionou alguns nomes que não podem faltar no cesto do seu banheiro.

Garcia Márquez

Não foi por acaso que o escritor e jornalista colombiano levou o Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto de sua obra. Apesar de seu romance realista-mágico mais popular Cem Anos de Solidão, a obra de Márquez que parece perfeita para a leitura no troninho é Memórias de Minhas Putas Tristes. Lançado em 2005 no Brasil, o livro narra a história de um velho crítico musical e cronista que decide se presentear com uma noite de loucuras com uma adolescente virgem em seu aniversário de 90 anos. 

Marcelo Duarte

Os livros deste grande compilador brasileiro respodem a muitas dúvidas que podem surgir entre quatro paredes e uma privada. A série O Guia dos Curiosos, lançado em 1995, é atualizada constantemente pelo jornalista e traz uma coleção de conhecimentos gerais úteis e inúteis. Quantas gotas cabem numa colher de chá? Quanto pesa um testítculo? Responda a essas e outras "dúvidas" através dos livros deste almanqueiro.

Ernest Hemingway

Quem pretende ler o minimalismo de Hemingway precisa saber que este jornalista e escritor norte-americano foi correspondente na Guerra Civil Espanhola, casou-se quatro vezes, recebeu o Nobel de Literatura em 1954, adorava touradas e suicidou-se aos 61 anos com a mesma pistola que seu pai se matou. Sua obra O Velho e o Mar ganhou o prêmio Pulitzer em 1953, onde um velho e pobre pescador cubano se aventura sozinho na Corrente do Golfo e fisga um peixe de tamanho descomunal, com o qual luta quase até a morte. Um livro super fino mas cheio de experiência! 

Clarice Lispector

Considerada o "Kafka" da literatura latino-americana, a escritora brasileira começou a escrever assim que aprendeu a ler e ditou frases para sua amiga Olga Borelli até a manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos. Nos 25 contos de Felicidade Clandestina, publicado em 1971, Lispector aborda as angústias da alma durante a infância, adolescência e no seio familiar. A jornalista, que incendiou seu próprio apartamento no Rio de Janeiro em 1966 ao dormir com um cigarro aceso chegou a ser considerada bruxa por causa de um dos contos do livro, O ovo e a galinha.

Charles Bukowski

Sucesso absoluto dos livros de bolso, o "velho safado" não ganhou prêmios por suas obras, começou a escrever depois dos 35 anos e só foi reconhecido mundialmente poucos anos antes de sua morte. Alcóolatra assumido, o alemão viveu boa parte de sua literatura, regada a centenas de mulheres, brigas de bar e perversões nas ruas de Los Angeles durante os anos 60. Mesmo suas poesias são ótimas para se ler na latrina, mas seus livros de contos Fabulário Geral do Delírio Coditidiano e Notas de Um Velho Safado são simplesmente imbatíveis.

Irvine Welsh

Embora tenha começado a escrever mais tarde que o velho Bukowski, o escritor e roteirista escocês Irvine Welsh teve seu primeiro livro transformado em filme pelo diretor Danny Boyle, que levou Trainspotting ao sucesso nas bilheterias. Welsh descreve cenários pútridos e viciados em heroína e crack com a facilidade de um poeta lírico, e na continuação de seu primeiro romance, no livro Porno, o escritor mostra que não perdeu a mão de seu humor ácido.