De onde vêm os bons drinques Bartenders contam o que não pode faltar numa carta de drinques e como criam as releituras dos clássicos gplus
   

De onde vêm os bons drinques

Bartenders contam o que não pode faltar numa carta de drinques e como criam as releituras dos clássicos

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Por mais apegados que sejamos a nossa loira gelada ou àquela dose de uísque maior de idade, às vezes o que queremos mesmo é um drinque. E quem aprecia os coquetéis já deve ter reparado que alguns são presenças constantes nos cardápios, independente do bar ou restaurante, e que também têm sempre um nome desconhecido e misturas diferentes entre os bons drinques da casa.

As cartas de drinques de bares e restaurantes são formadas pelos coquetéis tradicionais, as releituras (pequenas mudanças feitas em cima das receitas tradicionais), e as criações originais dos bartenders.

Tem que ter
Isis Moucdcy, bartender do Tubaína, garante que não podem ficar de fora de qualquer menu os coquetéis tradicionais catalogados pela Associação Internacional de Bartenders (IBA), como o Cosmpolitan, Mojito, Daiquiri, Cuba Libre, Dry Martini, Margarita etc.

E muitos bares também se inspiram em outras cartas de drinques na hora de montar as suas O MyNY Bar está sempre atualizando seus drinques e por adotarem um estilo old school tem como referência os drinques clássicos pré e pós Lei Seca americana. O Aviation, por exemplo, veio do Recepies for Mixed Drinks, de 1916, último livro de coquetéis publicado em Nova York antes de a Lei Seca entrar em vigor. A receita é seguida à risca, com o raro Creme de Violette importado.

Toque pessoal
Por mais que os clássicos façam sucesso, não tem bartender que resista a ideia de dar ao drinque um toque pessoal, alterando um dos ingredientes das bebidas. Muitas vezes a mudança é feita também para adaptar as bebidas ao conceito da casa. No Tubaína, além dos tradicionais, foram criados drinques que levam as famosas tubaínas da casa na receita. O Mojaina, por exemplo, nada mais é que um Mojito que leva tubaína de limão no lugar da água com gás.

Eric Thomas, do restaurante Tantra, leva a inovação da gastronomia para os drinques que serve também. O chef admite: “os clássicos nunca vão sair do cardápio de qualquer restaurante/bar, então precisamos sempre inovar e adequar à realidade de hoje.” Para isso escolhe trocar ingredientes: o cítrico pelo doce, o doce pelo apimentado, o líquido por algo comestível, ou até mesmo molecular.

No restaurante, o Martini ganha três alternativas, com chocolate, pepino ou chai; e o Mojito tem o rum trocado por cana de açúcar e o limão, por frutas vermelhas.

Originais
Mas o que qualquer bartender gosta mesmo é de criar suas próprias bebidas. Experimente sentar no balcão e pedir uma indicação de drinque! Além de ser o melhor lugar para contato com os clientes, porque ali o feedback é instantâneo, eles adoram sugerir suas mais novas criações.

No MyNY Bar, o Penicilan, long drink criado por Sam Ross é a grande pedida, especialmente pelos apreciadores do uísque. A receita leva Blended Scotch Whisky 12 anos, mel, extrato de gengibre, suco de limão siciliano e um toque de whisky single malt.

Para o At Nine Cocktail Bar, Thays Alviano criou o Taj Mahal, a pedido do gerente que recebeu uma garrafa de Cîroc Coconut para experimentar. A bartender combinou a vodca com limão siciliano, xarope de laranja, Cointreau, Lemon Grass, uva verde, hortelã e água de coco. Sucesso desde a primeira noite em que foi oferecido ao clientes.

Quem for se aventurar entre as tubaínas, pode apostar no Meu Amigo Jack, que leva suco de abacaxi, tubaína de abacaxi e Jack Daniel’s.

Serviço


At Nine Cocktail Bar
Rua da Consolação, 2893 - Jardim Paulista,  São Paulo
Tel.: (11) 3061-3900

Tubaína
Rua Haddock Lobo, 74 - Baixo Augusta - São Paulo
Tel.: (11) 3129-4930

MyNY Bar
Rua Pedroso Alvarenga, 1285 - Itaim Bibi  São Paulo
Tel.: (11) 3071-1166

Tantra Restaurante
R. Chilon, 364, Vila Olímpia. 
Tel. (11) 3864-7112 e (11) 3842-8874