5 Verdades sobre o sono Médico revela os males da soneca e conta quais são os benefícios de investir numa rotina de noites bem dormidas gplus
   

5 Verdades sobre o sono

Médico revela os males da soneca e conta quais são os benefícios de investir numa rotina de noites bem dormidas

Confira Também

O mundo parece bem diferente quando se está rolando na cama às 3 da manhã, olhando para o teto, imaginando o que será de você amanhã se não conseguir pregar os olhos. De acordo com Dr. Hadine Joffe, psiquiatra do Harvard Medical School, suas noites de sono dependem em grande parte da sua disciplina. “Pra começar, evite cafeína e dormir em horários diferentes”, recomenda ela na edição de maio do periódico HEALTHbeat. 

“O ideal é estabelecer uma rotina com horário regular para deitar e levantar todos os dias, não comer perto da hora de dormir pois o metabolismo diminui quando estamos dormindo (fazendo com que o alimento vire gordura), chegar em casa três horas antes de deitar, parar de trabalhar duas horas antes de dormir, tomar um banho e relaxar”, orienta Dr. Luis Eduardo Belini, neurologista da UNICAMP que atende na Life Clínica. Ele revela cinco aspectos sobre o sono para o quais todos nós deveríamos ficar de olhos bem abertos:

1) A soneca não compensa noites mal dormidas. Na verdade, a soneca pode atrapalhar as noites de sono. “Se for realizada, ela deve ser após almoço e não ultrapassar 40 minutos”, recomenda Belini. Segundo o especialista, o sono curto deixa a pessoa mais cansada no dia seguinte, mal-humorada, aumenta o peso (pois o sono traz sensação de saciedade), estresse excessivo, falta de concentração e memória.    

2) Boas noites de sono evitam o aparecimento de doenças. Um estudo realizado pelo Centro de Transtornos do Sono da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, aponta que dormir bem vai além do bem estar. A pesquisa revelou que quem dorme cerca de sete horas por noite tem uma vida mais saudável do que aqueles que dormem muito tempo a mais ou a menos do que isso. De acordo com o resultados, aqueles que dormem mais ou menos estariam mais propensos a desenvolver doenças cardiovasculares. Dr. Belini defende que é importante respeitar as necessidades fisiológicas de cada indivíduo. “O ideal são de sete a oito horas por dia, mas deve-se observar se as noites estão sendo suficientes para o descanso e qual a qualidade deste sono”, orienta.

3) Dormir bem impulsiona a sua memória. É durante a noite também que gravamos as informações adquiridas, consolidando a memória. “Nesse período o organismo equilibra a produção de hormônios e substâncias químicas, prevenindo a obesidade, controlando a hipertensão e o diabetes, fortalecendo a memória, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, além de melhoras do desempenho físico, trabalho e humor”, garante o neurologista. Ele explica que existem quatro fases do sono, e que uma dificuldade em qualquer uma delas pode trazer prejuízos a curto e longo prazo. “Nas três primeiras fases o corpo economiza energia, promove a restauração dos tecidos, aumenta a massa muscular e libera hormônio do crescimento. Na fase REM é que há a consolidação da memória e do aprendizado. Quando o sono é interrompido a pessoa volta à primeira fase e o processo fica comprometido”, explica Dr. Belini.

4) Os sonhos são mais breves do que parecem. A fase 1 corresponde a 10% da noite, momento de transição entre a vigília e o sono. A fase 2 corresponde a 45% da noite, onde há diminuição do ritmo cardíaco, respiratório, a temperatura corporal baixa e os músculos relaxam. A fase 3 corresponde a 25% da noite, quando o corpo funciona lentamente, o coração bate em ritmo lento e a respiração é mais leve. Já a fase 4, chamada de REM (Rapid Eye Movement), corresponde a 20% da noite e é quando ocorrem as descargas de adrenalina, picos de batimentos cardíacos e pressão artéria. “Também é a fase dos sonhos”, destaca o médico. “Cada fase do sono dura em média 20 minutos. O ciclo completo dura cerca de 90 minutos e se repete 4-5 vezes durante a noite. Não conseguimos entrar diretamente na fase 3 (chamada de ondas lentas).”  

5) Dormir de luz apagada faz toda diferença. Devemos dormir de luz apagada, pois a ausência de luz aumenta a secreção de melatonina pela glândula pineal. “Este hormônio melhora a qualidade e profundidade do sono”, afirma Dr. Belini.


Danilo Barba