RIP - O adeus a B.B. King E 14 de maio de 2015 a guitarra Lucille chorou pela última vez. O texto expressa nosso respeito e nossa homenagem ao mestre B.B. gplus
   

RIP - O adeus a B.B. King

E 14 de maio de 2015 a guitarra Lucille chorou pela última vez. O texto expressa nosso respeito e nossa homenagem ao mestre B.B.

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O mundo da música está de luto, uma das maiores lendas da guitarra, do blues, e por que não do rock, se despediu do plano terreno. B.B. King é certamente um dos ícones mais influentes da história da música americana, não à toa era conhecido como “O Rei do Blues”.

BB King não era aclamado apenas por seu feeling invejável, um dos grandes méritos de sua carreira foi o fato de nunca ter esquecido sua origem humilde, contudo, mais que isso, BB King foi a grande influência para os maiores guitarristas da história, passando por Jimi Hendrix, Eric Clapton, Steve Ray Vaughan, Slash, entre outros.

Aos 89 anos e com uma saúde muito delicada, B.B. King nunca pensou em abandonar os palcos, apesar de diminuir drasticamente o número de shows. O rei continuou na ativa até seus últimos dias.

Nascido em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, perto de Indianola (Mississippi), Riley Ben King teve uma infância parecida com a de milhares de jovens negros, trabalhou nas grandes plantações de algodão do sul segregacionista.

O jovem Ben, que era órfão, teve a sorte de contar durante a adolescência com o apoio protetor de Bukka White, seu primo. Bukka era um guitarrista muito renomado na região, e foi ele que deu as primeiras aulas de guitarra a B.B. King, e o levou para conhecer a capital da música, Memphis, cidade para qual se mudou em 1947.

Foi em Memphis que B.B. King passou a conviver com Sonny Boy Williamson, Robert Lockwood Jr, Bobby "Blue" Bland, e outros caras foda, e justamente nessa época ele passou a tocar regularmente na Beale Street, onde mais tarde abriu um clube com seu nome.

B.B. King certamente foi o músico de Blues que mais influenciou o rock, não à toa abriu shows do Rolling Stones e U2, mais que isso, Riley levou mostrou o blues para diversas gerações.

Sua carreira foi brilhante, e além dos muitos prêmios que ganhou como músico também foi condecorado com uma das mais altas honrarias dadas a um cidadão americado, em 2006, com a medalha presidencial da liberdade.

Mais que um exemplo como músico, Riley foi um exemplo como ser humano, sempre se manteve distante das drogas e lutava pelo fim da violência. Tanto sua música quanto sua guitarra sempre trouxeram o que é mais belo e humano.

B.B. King foi um guitarrista ímpar, certamente um dos maiores gênios da guitarra, com um feeling impecável e uma técnica assombrosa. O guitarrista levou o som do instrumento a outro patamar.

Infelizmente, as complicações decorrentes de uma diabete tipo 2, doença que ele enfrentou por 20 anos, levaram B.B. King do plano terreno, contudo, seu legado na música e sua história sempre serão presentes em todos os movimentos musicais. B.B. King mudou a história da música, a história da guitarra, e a vida de todos que souberam apreciar sua arte, que era feita de alma e coração, algo raro nos dias atuais.


Marcel Costa