No final de 2014, o braço do banco Itaú -  Itaú BBA realizou um estudo sobre as finanças dos clubes brasileiros em 2013, e o resultado é o vexatório título “2013: Dinheiro na mão é vendaval”. O levantamento com mais de 150 páginas mostra dados econômicos disponibilizados pelos próprios clubes referentes à temporada 2013. 

De acordo com o estudo, ficou claro que a evolução no controle de custos que os clubes vinham apresentando nos anos de 2011 e 2012 teve queda assustadora, e com isso podemos concluir que os problemas de salários atrasados enfrentados pelos clubes na última temporada têm ligação direta com o mau uso do dinheiro e a péssima gestão ocorrida na temporada 2013.

Diante de tal cenário, o que podemos esperar dos clubes neste inicio de temporada? 

No que diz respeito ao mercado, ao que tudo indica, o futebol brasileiro terá um ano morno, até o presente momento não houve contratações de impacto, como em anos anteriores. Apesar de movimentado, o vai e vem de jogadores se restringe apenas a atletas do mercado brasileiro e alguns jogadores do Mercosul e de times menores da Europa. 

#Receitas 

Como era de se esperar as metas dos clubes para 2015 são: os pagamentos de dívidas e a redução de gastos. O exagero e a falta de cuidado dos anos anteriores resultariam neste quadro atual, a recente dificuldade de muitos clubes em pagar seus atletas, os impostos e uma série de outras dívidas só evidencia o problema. Ao mesmo tempo, clubes estão buscando soluções criativas para dar um plus nas receitas e alinhar o quadro. 

Possivelmente o título de campeão brasileiro deve ficar no eixo Rio/São Paulo/Minas de novo. Mas, talvez, a grande novidade da temporada seja a possibilidade do Palmeiras retornar ao alto escalão do futebol brasileiro e embolar a parte de cima da tabela. No mais é de se esperar um campeonato nivelado, com baixo nível técnico, além de algumas perdas importantes é bem provável que a hegemonia do Cruzeiro chegue ao fim em 2015. 

Mesmo que os clubes cumpram suas metas em 2015 fica mais que evidente que é necessário uma reeducação financeira nos clubes brasileiros e uma reestruturação intensa dentro das instituições que regem o esporte no país. Fica evidente que os homens que detêm o poder e ditam as regras do jogo por aqui já se provaram incapazes de organizar as coisas.