As narigudas são lindas Não sei quem inventou que nariz grande não é coisa feminina. Vai dar um rolê na Itália pra ver que isso não faz o menor sentido gplus
   

As narigudas são lindas

Não sei quem inventou que nariz grande não é coisa feminina. Vai dar um rolê na Itália pra ver que isso não faz o menor sentido

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Não, minha namorada não tem nariz grande. E não gostaria que ela começasse a mentir para se tornar uma nariguda. Longe disso! Mas preciso fazer uma confissão bombástica: meus olhos brilham pelas mulheres de nariz grandioso. As moçoilas que passaram apenas uma vez na fila da napa que me perdoem, mas este texto não se trata de uma homenagem a vocês. Muito menosa você, querida Narizinho. 

Não sei o que você pensa a respeito disso, caro leitor, mas eu, Ricardo Coiro, na maioria vezes prefiro o nariz que havia da plástica, aquele que veio de fábrica. E não estou falando apenas do caso da Anitta, não. Falo de maneira geral, mesmo. É claro que eu não sou do tipo insensível e sem noção que manda um: “Caralho, que merda você fez com o seu nariz? Parece o Michael Jackson!”. Porém, quase sempre que me deparo com o resultado de uma rinoplastia, penso a mesmíssima coisa: “Poxa, você tinha um nariz tão firmeza...”.

As narigudas – principalmente as convictas e que já perceberam o quanto um NARIZ pode demonstrar personalidade – têm um borogodó impossível de não ser notado, um charme pra lá de avantajado, e comumente ostentam um nítido “Eu sei que sou linda como sou!” no centro do rosto, entre os olhos. Não acha, irmão? Pois eu acho.

Tenho vontade de aplaudir, até avermelhar as palmas das mãos, quando uma portadora de um vistoso nariz, em vez de trocá-lo por um genérico de boneca Barbie, resolve utilizá-lo como ferramenta de destaque, transformando-o em uma prova irrefutável de que não nasceu para ter algo igual ao que muitas já têm.

Não sei quem inventou que nariz grande não é coisa feminina. Mas discordo dele (ou dela), com todas as minhas forças. Porque basta dar um rolê em alguma rua da Itália para perceber que isso não faz o menor sentido. Quando fui, perdi as contas das narigudas maravilhosas e extremamente femininas que trombei por lá. No meu hotel, inclusive, tinha uma que... Deixa pra lá, pra outro texto, sei lá. E se não quiser ir até a Itália ou a algum país do Oriente Médio para admirá-las, você pode alugar Kill Bill, simplesmente. Ou você nunca reparou no potencial hipnótico da napa da Uma Thurman? E não estou falando isso por medo de ser decapitado, não. Falo porque realmente pago um pau pra ela, principalmente de perfil, sem medo de ser feliz. E também para a Mariana Weickert. E também para a Lea Michele. E também para a Sabrina Parlatore. E também para a Lady Gaga (quando ela não está vestida de carne crua, óbvio). E também para a Fernanda Paes Leme. E também para a... Enfim, a lista de narigatas é grande!

Agora um recado sincero aos narigudos e às narigudas deste planeta: eu sei que a sua napa não combina com taças de champanhe e que é quase impossível terminar um dogão sem uma camada de purê revestindo a ponta do seu nariz. Sei, também, que você ainda ouvirá muitas piadinhas a respeito do seu nariz, como: “Não roube todo o ar da sala!”, “Você quase me cegou com essa arma!” e blábláblá. Mas, se está pensando em pagar para um médico dar umas marteladas na sua cara, pense bem. Muito bem. Muito mais do que você pensou antes de fazer a sua primeira tatuagem ou de perder a virgindade. Porque você possui um enorme diferencial – e vice-versa! -, ainda mais em uma sociedade que parece caminhar para um único e enfadonho padrão estético. E se aprender a usá-lo a seu favor, eu lhe garanto: deixará muita gente sem ar... no sentido mais apaixonante da coisa.

Um salve às narigatas. E também aos narigatos, por que não?


Ricardo Coiro