Tevez, o dinheiro e a busca pela felicidade Carlitos Tevez largou a Europa no auge, voltou ao Boca e deixou para todos uma reflexão: dinheiro traz ou não felicidade? gplus
   

Tevez, o dinheiro e a busca pela felicidade

Carlitos Tevez largou a Europa no auge, voltou ao Boca e deixou para todos uma reflexão: dinheiro traz ou não felicidade?

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Na noite de segunda-feira, a La Bombonera lotou com mais de 50 mil torcedores, e não havia nenhuma bola rolando no gramado do Boca Juniors, a festa era para receber de volta o seu maior ídolo em atividade, Carlitos Tevez, atacante argentino de 31 anos, bastante conhecido no Brasil por ter atuado pelo Corinthians.

Após vários altos e baixos na carreira, Tevez vivia com certeza o seu auge na Europa onde fez 29 gols e liderou a Juventus até a final da Champions League, onde ficou com o vice-campeonato. Nesta janela teve propostas milionárias do Liverpool e do Atlético de Madrid e ainda assim escolheu voltar para sua casa, o Boca Juniors, clube onde começou e declaradamente é o dono de seu coração. 

Mas por que abandonar salários milionários em euros ou libras e disputar os campeonatos mais glamourosos do mundo? Em uma frase o Apache, como é conhecido carinhosamente pela torcida xeneize, respondeu: "O dinheiro não compra a felicidade".

Essa frase pode sim ser questionada, afinal pode soar hipócrita e oportunista, mas vale também uma reflexão, afinal, nos tempos modernos que tipo de profissional deixaria diversas oportunidades como as que Carlitos teve em troca de fazer o que te faz feliz? 

É inquestionável que ter dinheiro é imprescindível na sociedade em que vivemos e que ele garante diversas facilidades em nossas vidas, mas é um erro acreditar nesta "verdade" tão propagada de que quanto mais dinheiro tivermos, mais felicidade teremos. Principalmente se para conseguirmos esse dinheiro, tivermos que deixar de lado as coisas que gostamos.

Você já parou para se perguntar quantas vezes nos últimos meses você deixou de estar com a sua família para fazer hora extra no trabalho? Ou quantos amigos não vê há anos, pois está sempre ocupado e cheio de tarefas que fazem com que a sua vida seja cada dia mais corrida, o tornando cada vez menos sensível com momentos cotidianos que há alguns anos ou décadas pareciam ser bem diferentes?

Hoje, rico e bem sucedido, Tevez volta ao lugar de onde veio, onde as pessoas o viram crescer jogando bola descalço nas favelas do Fuerte Apache. Carlitos volta acima de tudo para encontrar a felicidade, algo que não tinha mesmo recebendo muito mais dinheiro e jogando nos melhores clubes do mundo. Volta para que seu povo, que tanto o admira, possa acompanhá-lo nos mesmos gramados que atuava quando ainda sonhava em ser tudo isso que ele se tornou.

E para nós amantes do futebol fica a esperança de que o futebol jogado por amor à camisa apesar de cada vez mais raro ainda não esteja completamente em extinção e para nós seres humanos vale ao menos uma reflexão: afinal, o que nos traz felicidade?



Veja imagens da festa da torcida do Boca Juniors para Carlitos Tevez: 


Juliano Buzato