O retorno do demônio Após mais de dez anos de espera, Diablo III surpreende nas vendas mas ainda deixa muito a desejar em relação à versão anterior gplus
   

O retorno do demônio

Após mais de dez anos de espera, Diablo III surpreende nas vendas mas ainda deixa muito a desejar em relação à versão anterior

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Depois de uma longa e paciente espera, os fãs da saga Diablo, desenvolvida pela Blizzard Entertainment, finalmente puderam comemorar o lançamento da terceira edição do RPG no mês passado. A expectativa era grande, já que a versão anterior do game (Diablo II), lançada em 2000, foi um sucesso unânime tanto por sua jogabilidade quanto pelos gráficos convincentes e macabros.

Nem mesmo a morte de um usuário que sucumbiu jogando Diablo III por 72h seguidas foi capaz de abalar o sucesso do RPG da Blizzard nas prateleiras. De acordo com os dados do grupo NPD, as vendas da edição para PC no varejo deram um salto de 230% nos EUA em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, entre cópias físicas e digitais, mais de 6 milhões de pessoas compraram a última versão do jogo em todo o mundo. Embora ainda rode apenas em PCs, o Diablo III conseguiu ficar à frente de títulos como Max Payne 3 e Tom Clancy’s Ghost Recon: Future Soldier, também disponíveis para Xbox 360 e PS3. 

GRÁFICOS
Os movimentos dos personagens ficaram mais realistas e a iluminação ganhou um tom mais sombrio. A dinâmica do cenário, as explosões e os derramamentos de sangue são mais inclinados para o desenho animado, lembrando bastante a experiência em RPGs como World Of Warcraft e God Of War III. 

JOGABILIDADE
Em minutos o usuário aprende a controlar o personagem escolhido para a jornada de destruição de zumbis e muita porrada. É aquele tipo de game pra quem curte massacres coletivos de inimigos que aparecem de todos os lados. Muitos itens óbvios, como espadas e escudos, não permitem interação, e há inúmeros personagens iguais - o que diminui o mergulho no universo de Diablo III. Seus níveis são fáceis e rápidos de serem alcançados, uma "correção" curiosa feita pela Blizzard e evitada por poucos jogadores experientes.

ENREDO
Na familiar visão isométrica da série, a história do novo RPG acontece 20 anos depois do que rolou em Diablo II. Os demônios derrotados Diablo, Mephisto e Baal são libertados por um cometa que atinge a Terra exatamente onde eles estavam confinados - começa então uma batalha para defender a humanidade contra as labaredas do Inferno. Apesar de promissora, a versão em português do game mostra que a Blizzard ainda carece de sensibilidade com os fãs brasileiros, uma vez que dá nomes nada usuais para ambientes e personagens, como “Corpo Andante”, “Pilhador Morto” e “Porão Bolorento”.