É de conhecimento de todos que o mundo vive hoje a plenitude da era digital, praticamente todas as nossas ações, mesmo as mais básicas, passam por um computador, por menos sofisticado que este seja. Sistemas complexos estão por trás de nossas contas bancárias e até as frivolidades que postamos nas redes sociais no dia a dia são geridas por grandes redes de informação. Contudo mesmo que todos reconheçam o poder da tecnologia, ela de certa forma é banalizada e acabamos não nos dando conta de todas as possibilidades que ela nos permite, seja para o bem, seja para o mal. 

Hoje a discussão tem se tornado cada vez mais presente, e muito se deve as constantes ações de grupos hackers como o Anonymous, o Lizard Squad, o Exército Eletrônico Sírio ou as recentes ações do Estado Islâmico. A verdade é que todos nós devemos ter o mesmo temor de um assaltante com uma arma apontando em nossa direção e uma pessoa mal intencionada por trás da tela de um computador. 

Por isso selecionamos cinco dos hackers que fizeram mais estrago na história. Conheça-os: 

Conhecido como “o hacker sem-teto” por usar cafés e bibliotecas como base. Adrian Lamo ficou famoso após invadir os sistemas do The New York Times, Google, Microsoft e Yahoo!. Após uma investigação de 15 meses, Lamo foi preso em 2003 e fez um acordo para cumprir prisão domiciliar. Afirma-se também que Adrian teria sido uma das pessoas que denunciou Chelsea Manning, a militar que vazou dados confidenciais do governo americano ao WikiLeaks. Por isso Lamo passou a ser conhecido na comunidade hacker como “o dedo-duro”.

O hacker conhecido como ASTRA nunca foi identificado, pelo menos publicamente. Dizem que ASTRA é um matemático de 58 anos que foi preso em 2008. As autoridades gregas afirmam que ele hackeou os sistemas da empresa de aviação Dassault por quase cinco anos e que nesse período roubou informações confidenciais de aviões militares e vendeu os dados para 250 pessoas em diferentes países, incluindo o Brasil. Estima-se que ASTRA causou um prejuízo de 360 milhões de dólares à Dassault.

Fundador do Shadowcrew.com, site onde os membros podiam comprar ou vender números de contas correntes e passaportes, carteiras de motorista, números de seguro social, cartões de crédito, certidões de nascimento e carteiras de plano de saúde. O site chegou a ter 4 mil membros que comercializaram cerca de 170 milhões de cartões de crédito e débito foram vendidos no site, entre 2005 e 2007. Albert foi acusado de ter 15 cartões bancários falsos em New Jersey, mas evitou ser preso ao dar o nome de outros 19 membros da ShadowCrew. Ao voltar para a sua terra natal, Miami, Albert invadiu o sistema de uma rede de lojas e roubou 45 milhões de cartões de crédito durante 18 meses. Gonzalez foi preso em 2008 e cumprirá pena até 2025.

Mitnick sempre afirmou ser um "engenheiro social" e não um hacker. Kevin começou cedo, aos 15 anos, quando invadiu os sistemas da Nokia, IBM e Motorola. Ao ser preso, em 1995, "The Condor" ficou em uma solitária, pois o juiz que analisou o caso disse que ele poderia começar uma guerra nuclear caso tivesse acesso as teclas de telefone na prisão. Depois de um ano preso, continuou invadindo computadores. Em 1999, Kevin se tornou o hacker mais procurado dos Estados Unidos, foi preso e condenado a quatro anos de detenção. Atualmente Mitnick rumou para o lado bom da força e se tornou consultor de segurança e é autor de dois livros sobre segurança da informação.

Vladimir é conhecido por transferir para sua conta o montante de 10,7 milhões de dólares de diversas contas do Citibank ao redor do globo. Mas o seu grande feito foi ter conseguido isso sem usar a internet, mas sim um sistema de grampos de chamadas telefônicas que ouvia os dígitos teclados pelas pessoas quando ligavam para seus bancos. Quando Levin foi preso em 1998, apenas 400 mil dólares foram recuperados. Atualmente ninguém sabe o paradeiro desta lenda.