Desenvolvedores de apps Os smartphones estão com tudo! E ser o cara responsável por seus aplicativos é uma das profissões do momento e do futuro gplus
   

Desenvolvedores de apps

Os smartphones estão com tudo! E ser o cara responsável por seus aplicativos é uma das profissões do momento e do futuro

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Muitas das carreiras do momento estão ligadas à tecnologia e uma que merece destaque é a de desenvolvedor de aplicativos, o cara responsável pela criação dos apps que você instala no seu iPhone. E quem é criativo, tem capacidade tecnológica avançada e gosta de passar até as horas livres programando pode se tornar um.

Conversamos com Marcio Pissardo da Livetouch, empresa que desenvolveu aplicativos para a Bovespa, Uol, Itaú, para saber como é o processo de criação dos apps.

1- Briefing
Os aplicativos podem ser ideais originais dos desenvolvedores ou pedidos de empresas. Se um banco, por exemplo, quer criar um aplicativo para smartphones para seus clientes, ele apresenta um briefing dizendo o que espera do produto, o que quer ele faça. E é em cima dessa ideia inicial que os desenvolvedores trabalham.

2 - Design
Nessa fase, o briefing é transformado em desenho. É decidido qual vai ser sua identidade visual, escolha de cores, integração com a identidade visual da empresa etc; e também como ele vai funcionar.

O tipo de programação do aplicativo depende do sistema operacional onde vai ser executado. No caso do iOS, que é o dos iPhones, iPads e companhia, a preocupação é que ele seja compatível com as diferentes versão do sistema operacional.

Mas se o app for para Android, além de garantir que ele rode bem nas diferentes versões, é preciso levar em consideração que o sistema operacional do Google é usado em diferentes modelos de celulares, de diferentes marcas.

3 - Testes
Pissardo afirma que é muito importante que o aplicativo seja estável, então é preciso fazer muitos testes, nos diferentes sistemas operacionais e nos diferentes aparelhos.

4 - Vender
É preciso fazer o upload dos apps nas lojas para que os usuários possam comprá-los e baixá-los. No caso da Mac App Store, o aplicativo passa por uma análise antes de entrar na loja e a Apple pode pedir algumas melhorias ou alterações, caso encontre algum problema. No Andoird Market não é preciso passar por uma aprovação do Google.

Os desenvolvedores que colocam seus apps na loja da Apple podem definir o preço do produto, recebem 70% da receita obtida na venda, não são cobrados pelos aplicativos gratuitos e não tem que pegar taxa de hospedagem, marketing ou cartão de crédito. E os pagamentos são feitos mensalmente.

Quem quer vender o aplicativo pelo Android Market também pode definir o preço dos produtos e também tem a vantagem do código aberto, mas é preciso pagar uma taxa de U$ 25,00 para publicar o app. Esse valor só é pago uma vez, quando é criado o perfil do desenvolvedor.

5 - Divulgação
Aplicativos não são produtos tradicionais de consumo e a propaganda ainda está se adaptando à dinâmica da internet, especialmente por causa das redes sociais, então ainda não existe um consenso entre os profissionais da área de como a divulgação do apps deve ser feita, mas é preciso fazer que as pessoas saibam que seu app está disponível para ser baixado nas lojas.

Pissardo diz que faz divulgação dos apps em mídias especializadas, mas quando eles atingem um número significativo de downloads, começam a se autopromover aparecendo entre os mais baixados e de destaque.

Mas Bob Wollheim, da Appies, chama atenção para o fato da divulgação de um aplicativo não ser a mesma que a de um carro, por exemplo. A divulgação na mídia é um bom empurrão inicial, mas se a pessoa ler sobre o app numa revista não vai fazer o download ali. E por mais divulgado que seja um app, se ele não for bom, ninguém vai baixar.

“As pessoas acreditam muito mais no que as pessoas dizem que estão gostando”, explica Wollheim. 

Investimento
Um app leva em média de um a quatro meses para ficar pronto e ser testado e os gastos ficam entre 40 e 50 mil reais, mais o dinheiro gasto em divulgação, cerca de 25% do valor gasto no da criação do app.
 
Appies
E falando em investimento, em fevereiro de 2012, começa a funcionar a todo vapor a Appies, criada por Bob Wollheim e Pierre Schürmann. A ideia da plataforma é reunir os programadores e ajudá-los a desenvolver um produto rendável, a pensar suas ideias em termos de negócio. Os ganhos da empresa em cima do produto final estão estimado entre 20% e 30%.