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Trabalho do século 21

Redes sociais ganham mais espaço e despertam interesse das grandes empresas; prepare-se para um mercado em plena expansão

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Mídias sociais, certamente este é um dos temas mais comentados do momento. Com o avanço da tecnologia e a consolidação de ferramentas como Twitter e recentemente o Facebook no mercado nacional, muitas empresas despertaram interesse por esta área. Porém, ainda existem alguns problemas em torno desta novidade e diversas perguntas, principalmente dos que desejam seguir carreira no ramo, algumas das mais comuns são relacionadas com segurança, estabilidade e remuneração. Em busca de respostas, o AreaH conversou com profissionais e analistas sobre o assunto. 

Relativamente novo, o segmento de mídias sociais conta com profissionais que já estavam trabalhando com a internet desde a virada do século. O jornalista Marcio Ferreira, especializado em Estratégias de Comunicação, fala mais sobre o assunto e ressalta a importância deles. "Estas pessoas tiveram papel fundamental ao pensar este novo momento, inserir modelos no país e treinar os jovens que hoje estão despontando," finaliza. 

No que se trata de internet, os brasileiros são um dos que mais navegam pela rede no mundo. De acordo com números do Ibope, o acesso à internet atingiu 77,8 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2011, 5,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2010 e em dois anos estes números avançaram 20%. Fred Neumann, publicitário pós-graduado em Mídias Digitais acredita que o mercado está em plena expansão e ressalta que é preciso aguardar uma adaptação das empresas.

"As companhias ainda estão aprendendo sobre o que devem esperar de um profissional de mídias sociais. Eu arrisco dizer que existe uma quantidade infindável de profissionais de comunicação querendo trabalhar com mídias. Mas vale alertar que, para se credenciar é preciso pesquisar bastante sobre a função," encerra Fred.

Mercado de trabalho

Vista como uma área de atuação ainda desconhecida do grande público, muitas pessoas têm dúvidas sobre o campo de trabalho de um analista de mídias sociais. Segundo especialistas e profissionais do ramo, existem espaços em vários segmentos, principalmente em empresas que desejam aumentar sua visibilidade. “O profissional pode atuar em corporações, veículos de mídia, agências tradicionais ou digitais. E até mesmo prestar consultoria na área. O mercado está em plena expansão, já que a expectativa é que a parte de mídias sociais no bolo publicitário iguale a de televisão no Brasil até 2016,” é o que diz Fred Neumann.

Diferente da ideia criada por algumas pessoas, saber navegar pela internet, ou conhecer tudo sobre redes sociais não é garantia de sucesso. Como já foi abordado, é preciso ter ideias de marketing, planejamento e fluência em conteúdo. Abaixo os requisitos mais comuns para quem deseja atuar neste segmento. 

- Incentivar uma nova iniciativa em Redes Sociais.
- Mensurar e Criar relatórios.
- Desenvolver estratégias e planos de comunicação digital.
- Monitorar a empresa e seus principais concorrentes nas redes.
- Gerenciar equipe.
- Trabalhar com agências.
- Desenvolver treinamentos internos para o ambiente digital.
- Implantar políticas e processos de Comunicação Digital.
- Alinhar a Comunicação Digital às estratégias da empresa.

Outro ponto muito especulado por interessados é a remuneração de quem opera nesta área. Como em outros setores, os salários variam de acordo com a experiência e posto ocupado. 

- Analista Junior: Primeiro nível após o estágio, nele o analista ainda não toma decisões sozinho, cumpre tarefas básicas supervisionadas. Salário médio: R$1.200,00.
- Analista Pleno: Já consegue decidir sobre a campanha participa de reuniões e apresentações com os clientes. Salário médio: R$2.000,00
- Analista Sênior: É capaz de receber os briefings do setor, organizar e delegar tarefas junto à equipe.  Salário médio: R$3.000,00

Figuram entre os nomes mais importantes do ramo no Brasil pessoas com mais de 10 anos de estrada, que em sua maioria são palestrantes ou tem algum vínculo com o marketing, ferramenta indispensável para os interessados em seguir carreira. Alguns dos destaques são Martha Gabriel, palestrante internacional nas áreas de internet, arte e marketing. Nino Carvalho, que há 13 anos no mercado, desenvolve programas de capacitação em Mídias Digitais. E finalmente Rizzo Miranda, recentemente agraciado com um Leão de Prata no Festival de Publicidade de Cannes por sua estratégia em mídias digitais, toda em redes sociais.


Graduação 

Uma das discussões recorrentes é a existência ou não de profissionais capacitados, porém o grande problema é a pequena oferta de cursos de graduação. Segundo Adam Esteves, 23 anos e coordenador de mídias sociais da Agência Ato Z, o que dificulta é a quantidade grande de jovens especializados no tema. 

“O problema é que muitos profissionais que conjugam não apenas o conhecimento ao meio, mas também a intuitividade adquirida pela convivência natural com as novas mídias, têm entre 22 e 28 anos. Também falta ousadia das faculdades, que não se dispõem em colocar alguém com essa idade para ministrar aulas,” explica. 

Entretanto, já é possível ver alterações neste cenário. A FAAP (Fundação Álvares Penteado), por exemplo, já oferece curso de extensão no meio. Com carga de 120 horas, ele conta com disciplinas práticas como Ações de Comunicação em Mídias Sociais, Relações Públicas 2.0 e Tendências do Marketing. As aulas são ministradas duas vezes por semana (segundas e quartas) e um sábado por mês. Para cursar, é preciso desembolsar um total de 2.700 reais. 

Para mais informações e detalhes sobre o curso visite: http://www.faap.br/pos/