A cidade de São Paulo está interessada em receber jogos de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio, mas não pagará para que isso aconteça, segundo afirmou o Secretário de Esportes, Lazer e Recreação da cidade, Celso Jatene. Em entrevista exclusiva ao Esporte Notícia, da Rádio Bandeirantes, ele deixou claro a vontade da cidade em abrigar jogos e qual o processo necessário para que isso aconteça.
"É difícil para gente tirar dinheiro do orçamento, das prioridades da cidade, para poder pagar estrutura temporária para ter 10 jogos das Olimpíadas. Seria ótimo ter os jogos, desde que isso não afete a rotina de quem mora em São Paulo, e se precisarmos pagar os moradores serão prejudicados”, disse o secretário.
Se São Paulo for sede dos Jogos Rio 2016, provavelmente abrigará 10 jogos, incluindo a semifinal do futebol masculino e a final do feminino. Nesta terça-feira, os ingressos para assistir as modalidades começam a ser vendidos e pouca coisa a respeito da Arena Corinthians foi definida.
“Entre quinta e sexta da semana passada, o Comitê Olímpico recebeu do Corinthians todas as plantas que estavam faltando para que, com essas plantas, vejam o que falta e enviem o orçamento”, explicou Celso. “Depois que sair o valor, vamos buscar o parceiro para pagar. Passa pelo patrocinador das Olimpíadas, pelo Ministério do Esporte e por outros órgãos. O Corinthians deixou claro que cede a arena gratuitamente, mas não arcará com a estrutura temporária”, completou.
A cidade não pagará os custos principalmente porque o retorno não acontece. Celso lembrou que muitos turistas chegam para acampar, comer no Bom Prato, e que isso não gera renda considerável para o município. Ou seja, há investimento mas sem um retorno garantido. Por isso, a busca por patrocínios.
“Pedi que o Comitê Olímpico começasse a se movimentar no sentido de nos aproximar dos patrocinadores das Olimpíadas, para saber se interessa pra eles ter jogos em São Paulo, para que ajudem a pagar a conta”, contou.
Os papéis com a estrutura necessária e com o orçamento devem sair na próxima semana, entre 7 e 8 de abril, e a partir dos dados recebidos a cidade poderá avaliar a viabilidade de receber as partidas.
Pacaembu
No fim, Celso Jatene comentou sobre o Pacaembu, que será gerido por uma empresa privada. As interessadas já se inscreveram e passarão por alguns processos até que seja definida qual ficará responsável pela gestão do estádio.
O objetivo é que esse novo modelo de gestão traga modernização e restauração para o estádio, fazendo com que ele possa competir com as maiores arenas do país. Apesar das mudanças, o Pacaembu continua 100% municipal.
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