Angelina Jolie, muito crítica ao tratamento dispensado pelas autoridades birmanesas à minoria muçulmana rohingya, chegou nesta quarta-feira, dia 29, a Mianmar para uma viagem humanitária, a convite da líder opositora Aung San Suu Kyi.
"Estou ansiosa para conhecer pessoas, conversar com grupos de mulheres, da sociedade civil, deslocados e os jovens para ouvir diretamente deles suas preocupações e esperanças para o futuro do país", disse a atriz, que é enviada especial da ONU para os Refugiados (ACNUR).
Esta primeira visita ocorre a convite da opositora Aung San Suu Kyu, cujo partido é o favorito para as eleições legislativas de 8 de novembro.
Antes de Mianmar, a mulher de Brad Pitt viajou para o Camboja, onde pretende rodar para o Netflix um filme sobre o regime do Khmer Vermelho através dos olhos de uma criança.
Jolie adaptará o livro "Primeiro mataram meu pai", em que o cambojano ativista de direitos humanos Loung Ung recorda os horrores vividos durante o regime que fez cerca de dois milhões de mortes entre 1975 e 1979.
A atriz já realizou dezenas de visitas a campos de refugiados na Ásia.
Especialmente afetada pela situação dos rohingyas, uma minoria muçulmana perseguida, criticou abertamente o governo tailandês em 2009 por não fazer o suficiente para ajudá-los.
Na época, ela visitou um campo de refugiados na fronteira entre Mianmar e Tailândia.
Desta vez, seu itinerário não foi anunciado por razões de segurança, mas é provável que visite o estado de Arakan, onde os rohingyas vivem.
Um número crescente de celebridades americanas viajaram para Mianmar, incluindo Beyoncé e Jay-Z em dezembro do ano passado, o que contrasta com os anos de isolamento sob o governo da junta militar.
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